Fecho os olhos. Chegou o momento do dia em que saio do meu
corpo para escrever. Olhos. Dedos irrequietos. Mãos emprestadas fazem abrigo. É
a voz do interior que ganha forma e avança. Tudo flui. Tudo é estranho e
rápido. As letras caminham disciplinadas ao som do esgar do pensamento criando
palavras alinhadas que fazem ruas com casas por habitar. Talvez este bairro já
tenha sido cidade. Talvez uma escola ou um rio. Talvez vida. Olhos que desenham
um arquitecto na bravura das sombras que caminham no rosto do tempo. Voz que
aquece a alma com a lenha das vírgulas que não posso usar. Não posso usar.
Tenho este calor e nada me falta. Tenho estes pontos que marcam cada passo ou
cada paragem. Vou devagar. Abro os olhos e começo a ler descobrindo um novo
mundo. Amanhã voltarei a entrar. Olhos fechados e uma vida feita viagem. Uma
noite para adormecer nos teus braços que moram nesse olhar que não dás. Que não
sabes. Tens olhos de fogo. Também tu tens nas vírgulas o mesmo caminho. Pára.
Uma cidade não dá para dois. Um rio não corre. A escola fechou e a luz saiu. Os
olhos são agora a nossa solidão. Adormece devagar. Devagar. De vagar a noite
encheu-se de luz. A lua será sempre a nossa cúmplice. De vagar outro ciclo
aconteceu. Cúmplice. Os olhos... Moram na luz da vontade. Vou indo. Boa noite.
Esta é a minha casa virtual onde poderás encontrar muitas letras unidas na construção das palavras, de poesia ou prosa, erguidas pelos sentidos… / Escrevo… para libertar as personagens que não consigo Ser! / Esta casa-blogue nasceu em 28 de Junho de 2006 - Obrigado por visitarem! - Paulo Afonso Ramos
terça-feira, maio 28, 2013
segunda-feira, maio 27, 2013
Boa noite!
Aviso: Em tudo o que ler, neste texto, pense duas vezes.
Pode parecer e não ser!
Vejo-me homem crescido a caminhar na solidão. Uma solidão
mentira. Um caminho ilusão. Vejo-me num bosque verde. Cheio de árvores,
arbustos e flores de cheiro intenso. E na terra batida, meio húmida meio
verdade, sinto o caminho. Sinto a despedida da solidão num abraço dos tempos.
Memórias que o mundo guardava enquanto esperava pela minha passagem. São mil imagens
que cada cheiro traz. São mil momentos que cada vento semeia, e eu, egoísta, a
chamar a solidão. A desrespeitar a natureza. A rima da beleza. A noção do
passado e a vontade do tempo. As esperas. Vejo-me homem a crescer. A aprender.
A tocar nos objectos para entender o seu corpo. E a solidão é uma ilha que vem
dos meus pés ao meu olhar. Sei que sou os ramos da árvore que mora no caminho
do espaço que vejo, que sinto e morro na mentira. Morro na ilusão e fujo para o
bosque. Abraço flores e roubo-lhes os cheiros.
Esta é a minha terra. A minha essência. A minha paixão. O
meu caminho. E compreendo que caminhar é viver aprendendo a morrer na esperança
que consiga chegar. Chegar ao interior das coisas.
Esses olhos que lêem ficam perdidos no coração das
palavras, sentem o palpitar e choram de emoção. Vivem no meu caminho. Sentem o
mesmo cheiro. A mesma mentira e ilusão e julgam que não!
Boa noite!
domingo, maio 26, 2013
José Luís Peixoto
Com o escritor José Luís Peixoto
IV ENCONTRO DE ESCRITORES LUSÓFONOS em Centro Cultural da Malaposta - Olival Basto - Odivelas
Foto tirada e gentilmente cedida por: João Ramos
quarta-feira, maio 08, 2013
MEIA LUA em POESIA Cheia
COLEÇÃO MEIA LUA
– Cadernos de Poesia –
Coordenação: Gisela Ramos Rosa
Lua de Marfim –
Editora Unip. Lda,
Telefone: 00351 219 594 817
AGRIPINA
COSTA MARQUES – MORADA RECÔNDITA
MARIA
TERESA DIAS FURTADO – O ARCO DO TEMPO
AMADEU
BAPTISTA – ATLAS DAS CIRCUNSTÂNCIAS
CASIMIRO DE
BRITO – A BOCA NA FONTE
GRAÇA PIRES – CADERNO DE SIGNIFICADOS
ANTÓNIO
RAMOS ROSA – NUMA FOLHA, LEVE E
LIVRE
Acompanhe no FACEBOOK em: https://www.facebook.com/pages/Colec%C3%A7%C3%A3o-de-Poesia-Meia-Lua/246542722131354?ref=hl
Cada LIVRO tem o P.V.P. de 5,00 €
Pode ser encomendado por Email: luademarfimeditora@gmail.com
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sexta-feira, maio 03, 2013
Na RQCVD em Quinta do Conde
Há dias assim, uns que parecem maiores que os outros...
Hoje foi um daqueles de emoções fortes!
O programa n.º 4 de hoje, 3/5/2013, teve a gentil participação de: Ana - Cristina Caeiro - Olivia Santos - Maria Besuga - Joaquim Carmo e Paula Delgado . Gratos a todos os que acompanharam o programa, em especial, a estes amigos que ligaram e assim ajudaram a construir um lindo momento de emoções fortes! Abraço-vos a todos.
Hoje foi um daqueles de emoções fortes!
O programa n.º 4 de hoje, 3/5/2013, teve a gentil participação de: Ana - Cristina Caeiro - Olivia Santos - Maria Besuga - Joaquim Carmo e Paula Delgado . Gratos a todos os que acompanharam o programa, em especial, a estes amigos que ligaram e assim ajudaram a construir um lindo momento de emoções fortes! Abraço-vos a todos.
quinta-feira, maio 02, 2013
"Numa folha, leve e livre" de António Ramos Rosa
Título:
Numa folha, leve e livre
Autor:
António Ramos Rosa
Coleção: Meia Lua
Género: Cadernos de Poesia
Género: Cadernos de Poesia
Ano:
Abril 2013
P.V.P.: 5,00 €
P.V.P.: 5,00 €
Sinopse:
Corpo e alma num
novo corpo de texto assim é a palavra de Ramos Rosa.
O poeta escuta o seu próprio interior e a voz do seu ser é já “Folha Leve e Livre”, água da vida, dança, arco de possibilidades. Aqui a natureza ganha a voz do sol e da sombra, entre o visível e o invisível a palavra abre o tempo e o espaço: “Amar as palavras/é inventar o vento/através da noite/em pleno dia” ou ainda “Se escrevo/é para entrar no claro círculo do dia/e ser uma pedra que respira/um núcleo branco”. – Gisela Ramos Rosa
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