terça-feira, maio 28, 2013

Boa noite


Fecho os olhos. Chegou o momento do dia em que saio do meu corpo para escrever. Olhos. Dedos irrequietos. Mãos emprestadas fazem abrigo. É a voz do interior que ganha forma e avança. Tudo flui. Tudo é estranho e rápido. As letras caminham disciplinadas ao som do esgar do pensamento criando palavras alinhadas que fazem ruas com casas por habitar. Talvez este bairro já tenha sido cidade. Talvez uma escola ou um rio. Talvez vida. Olhos que desenham um arquitecto na bravura das sombras que caminham no rosto do tempo. Voz que aquece a alma com a lenha das vírgulas que não posso usar. Não posso usar. Tenho este calor e nada me falta. Tenho estes pontos que marcam cada passo ou cada paragem. Vou devagar. Abro os olhos e começo a ler descobrindo um novo mundo. Amanhã voltarei a entrar. Olhos fechados e uma vida feita viagem. Uma noite para adormecer nos teus braços que moram nesse olhar que não dás. Que não sabes. Tens olhos de fogo. Também tu tens nas vírgulas o mesmo caminho. Pára. Uma cidade não dá para dois. Um rio não corre. A escola fechou e a luz saiu. Os olhos são agora a nossa solidão. Adormece devagar. Devagar. De vagar a noite encheu-se de luz. A lua será sempre a nossa cúmplice. De vagar outro ciclo aconteceu. Cúmplice. Os olhos... Moram na luz da vontade. Vou indo. Boa noite.

segunda-feira, maio 27, 2013

Boa noite!


Aviso: Em tudo o que ler, neste texto, pense duas vezes. Pode parecer e não ser!

 

Vejo-me homem crescido a caminhar na solidão. Uma solidão mentira. Um caminho ilusão. Vejo-me num bosque verde. Cheio de árvores, arbustos e flores de cheiro intenso. E na terra batida, meio húmida meio verdade, sinto o caminho. Sinto a despedida da solidão num abraço dos tempos. Memórias que o mundo guardava enquanto esperava pela minha passagem. São mil imagens que cada cheiro traz. São mil momentos que cada vento semeia, e eu, egoísta, a chamar a solidão. A desrespeitar a natureza. A rima da beleza. A noção do passado e a vontade do tempo. As esperas. Vejo-me homem a crescer. A aprender. A tocar nos objectos para entender o seu corpo. E a solidão é uma ilha que vem dos meus pés ao meu olhar. Sei que sou os ramos da árvore que mora no caminho do espaço que vejo, que sinto e morro na mentira. Morro na ilusão e fujo para o bosque. Abraço flores e roubo-lhes os cheiros.

Esta é a minha terra. A minha essência. A minha paixão. O meu caminho. E compreendo que caminhar é viver aprendendo a morrer na esperança que consiga chegar. Chegar ao interior das coisas.

Esses olhos que lêem ficam perdidos no coração das palavras, sentem o palpitar e choram de emoção. Vivem no meu caminho. Sentem o mesmo cheiro. A mesma mentira e ilusão e julgam que não!

 

Boa noite!

domingo, maio 26, 2013

José Luís Peixoto

 
Com o escritor José Luís Peixoto

IV ENCONTRO DE ESCRITORES LUSÓFONOS em Centro Cultural da Malaposta - Olival Basto - Odivelas
Foto tirada e gentilmente cedida por: João Ramos

quarta-feira, maio 08, 2013

MEIA LUA em POESIA Cheia


COLEÇÃO MEIA LUA

Cadernos de Poesia

Coordenação: Gisela Ramos Rosa

Lua de Marfim – Editora Unip. Lda,

Telefone: 00351 219 594 817

luademarfimeditora@gmail.com
 

AGRIPINA COSTA MARQUES – MORADA RECÔNDITA

MARIA TERESA DIAS FURTADO – O ARCO DO TEMPO

AMADEU BAPTISTA – ATLAS DAS CIRCUNSTÂNCIAS

CASIMIRO DE BRITO – A BOCA NA FONTE

GRAÇA PIRES – CADERNO DE SIGNIFICADOS

ANTÓNIO RAMOS ROSA – NUMA FOLHA, LEVE E LIVRE


Cada LIVRO tem o P.V.P. de 5,00 €

Pode ser encomendado por Email: luademarfimeditora@gmail.com
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sexta-feira, maio 03, 2013

Na RQCVD em Quinta do Conde

Há dias assim, uns que parecem maiores que os outros...
Hoje foi um daqueles de emoções fortes!

O programa n.º 4 de hoje, 3/5/2013, teve a gentil participação de: Ana - Cristina Caeiro - Olivia Santos - Maria Besuga - Joaquim Carmo e Paula Delgado . Gratos a todos os que acompanharam o programa, em especial, a estes amigos que ligaram e assim ajudaram a construir um lindo momento de emoções fortes! Abraço-vos a todos.

quinta-feira, maio 02, 2013

"Numa folha, leve e livre" de António Ramos Rosa

 
Título: Numa folha, leve e livre
Autor: António Ramos Rosa
Coleção: Meia Lua
Género: Cadernos de Poesia
Ano: Abril 2013
P.V.P.: 5,00 €
Sinopse:
Corpo e alma num novo corpo de texto assim é a palavra de Ramos Rosa.

O poeta escuta o seu próprio interior e a voz do seu ser é já “Folha Leve e Livre”, água da vida, dança, arco de possibilidades. Aqui a natureza ganha a voz do sol e da sombra, entre o visível e o invisível a palavra abre o tempo e o espaço: “Amar as palavras/é inventar o vento/através da noite/em pleno dia” ou ainda “Se escrevo/é para entrar no claro círculo do dia/e ser uma pedra que respira/um núcleo branco”. – Gisela Ramos Rosa