segunda-feira, setembro 20, 2010

Escolhe o teu destino

Dá força ao teu pensamento e viaja nele até aos confins da tua imaginação. Deixa o teu corpo sentir o teu desejo. Deixa que o peça. Que queira, que acredite!
(És a pessoa mais importante para ti, só depois os outros se seguirão.)
Acredita na sede da tua boca e sacia-a. Mostra, aos teus olhos, a luz da ribalta dos sonhos. Vive em cada passo que dás, e constrói nele o teu presente assegurando-te que o caminho do futuro é o teu destino prometido. Escolhe o teu destino.
E as mágoas desaguarão nas águas que correm debaixo das pontes para um lugar distante. Entre pedaços de serenidade misturados com a ambição da felicidade estará um sorriso que se fixa em ti, um olhar, sereno, que chama por ti.
Saberás então que nada acontece por acaso e que, antes, foste tu quem decidiu o que querias que acontecesse.
A escolha é tua, como a vida o é, e na consciência desse facto reside a diferença de poder ou querer ser…
Poderás ir pelo caminho mais fácil, desistir, ou esperar que alguém faça a tua parte mas não esperes que o futuro sorria ou que a razão se deite ao teu lado, nem iludas a ambição na esperança que aconteçam momentos de felicidade, pois serão sempre laivos de uma casualidade paralela.
A escolha é tua. O destino é teu.
Se olhares para trás, verás que o presente é a sequência dos passos que deste, verás que é o resultado das escolhas que fizeste, e, mesmo que o resultado não seja o desejado, ou não seja o que pretendes, saberás que a consciência cresceu e que o caminho para os teus objectivos tem um novo rosto, uma nova forma e assim poderás traçar novos horizontes.
Não desistas! Nada se perdeu. Hoje sobra-te a experiência que ontem não tinhas, sobressai a força que ontem não precisavas…
Hoje és um corpo dorido, mas fortalecido pelas vicissitudes da vida. Acredita e vive que a escolha é tua e o destino será o que hoje decidires. Acredita em ti!


(Paulo Afonso Ramos, in "Entre as margens da memória")


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domingo, setembro 05, 2010

Mínimos instantes

Chamo-me Vida! Nasci sem idade e assim vou permanecer. Tenho um corpo multifacetado e usurpado pelas intempéries das acções…

Sou feita de amor. Amo cada instante, que, por mínimo que seja, prevalece ancorado no cais da minha memória por anos sem fim.

Viajo entre os rostos das quimeras dos sentimentos e absorvo cada gesto, cada paisagem, ou cada prodígio… e assim irei continuar.

Estou em toda a parte, e em parte alguma em especial. Sou uma das essências do Mundo, aconteça o que acontecer… Chamo-me Vida!

Transmuto-me pelos campos da nossa natureza ou numa qualquer selva, e ainda consigo erguer-me num astuto racional.

Abomino a violência, com a mesma clareza que me dou em cada alegoria ou num poema feito de esperança, com a mesma vontade com que me pinto com as cores do mar. Sou um conjunto de mínimos instantes escolhidos com afecto, porque dos outros extraio a dor e devolvo-os ao acaso.
Não os quero para mim… Não me dizem nada!

Tenho veias dentro de mim onde correm as minhas lágrimas de sangue com que bombeio o meu erecto e aprumado querer.

E na carne que protege o meu símbolo, exponho-me à dor, de quem percorre as ruas do destino, desafiando os malogrados deste oculto mundo. E, de tanto ser, consigo penetrar nas ogivas do mal com a mesma cadência de outrora…

Chamo-me Vida em todos os instantes!

Ainda assim, tenho uma consciência equitativa que transmite ondas com traços definidos e catalogados. Da tristeza e da contundente dor, são os instantes que troco pelas deliciosas maravilhas que me brindam e nas lágrimas expresso-me melhor, muito melhor, naquelas que são originadas pela alegria.

Visto-me de sorrisos que guardo como os meus instantes, mínimos instantes, para continuar a ser, porque são eles o meu alimento e o meu tesouro íntimo.

Revejo-me ao pôr-do-sol como um cumpridor da missão infindável.

Chamo-me Vida… Também nos mínimos instantes!



(Paulo Afonso Ramos, in "Entre as margens da memória")


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quinta-feira, setembro 02, 2010

Xavier Zarco vence na Modalidade de Poesia

Estimados Leitores e Amigos,

Xavier Zarco, pseudónimo de Pedro Manuel Martins Baptista, autor dos livros “Coimbra ao som da água” e “Monte Maior sobre o Mondego” ambos editados pela chancela Temas Originais, acaba de ser agraciado na Modalidade de Poesia no prestigiado XII concurso literário Manuel Maria Barbosa Du Bocage 2010 com o original “Dizer do Pó”.

A excelente notícia é partilhada no link:
http://www.lasa.pt/index.htm

Xavier Zarco, com o seu livro inédito: "Anotações sobre os olhares no óleo sobre tela 'Retrato de Mulher ou le déjeuner' de Manuel Jardim"; recebeu também uma Menção Honrosa no Prémio Literário Afonso Duarte – 2010.

Endereço os meus sinceros parabéns ao Poeta.

Saiba mais sobre o Poeta em:
http://www.temas-originais.pt/autores/xavier_zarco.htm

Obrigado.