Eles não sabem…
Nem conseguem imaginar
a força de uma onda revolta
o alcance do gesto assumido…
Eles ouvem o ruído
solto em cada volta
e pensam… no sal do mar
no espaço em que não cabem…
Eles são moribundos
de cortiça embrulhados
perdidos e achados
entre dois mundos…
Julgam… pelas suas limitações
sem perceberem a verdade
movidos… pelas as ambições
sem tempos nem idade…
Um dia… a vida muda o sentido
sem perguntar… sem pedir
o passado fica erguido
e presente fica partido…
Então… a sabedoria
irá contar a história do gesto inacabado
gritará pela ternura da consciência
num momento de acerto…
E de longe, mas tão de perto
o gesto da vivência
fará da vida um fado
transformará a alegria…
E a voz da alma
num segredo destemido
vai dizer…
que o gesto tem sempre retorno
e que a nossa chama
é o reflexo contido
do nosso ser…
vai lembrar que o nosso trono
a nossa cama
o nosso gemido…
é a multiplicação
do bem que fizemos
mais a soma do que ajudamos
exposto na subtracção
do percurso iludido
dos momentos egoístas
e desprezados…
Então… o mundo
vai agir
vai mostrar que a vida
é feita de valores
norteada por princípios
e orientada por regras…
Então…
Alguém vai ter de partir
sem uma despedida
sem reconhecimentos ou louvores!
E os outros
vão agradecer…
a lei da vida!
1 comentário:
Plaf..Plaf..Plaf...
Aplaudo de pé este poema.
Parabéns
Beijo
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