Esta é a minha casa virtual onde poderás encontrar muitas letras unidas na construção das palavras, de poesia ou prosa, erguidas pelos sentidos…
/ Escrevo… para libertar as personagens que não consigo Ser! /
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Paulo Afonso Ramos
quarta-feira, agosto 06, 2008
Ostensão
(Foto de: Iain Smith)
Perco-me entre livros os que escrevi e os que vou escrever…
Para si, Paulo, que deixou sair cá para fora uma personagem que não sabe quem é, umas modestas palavras que escrevi já há algum tempo atrás (um tempo).
SEMEADORES DE PALAVRAS
Agarram a madrugada esfomeados de palavras. Não podem esperar, têm que trabalhar. Semeiam letras, vírgulas, pontos finais reticências e outros pontos mais. Envolvem e revolvem, regam, adubam, e à pressa as palavras vão ceifar. Levam-nas às costas por alamedas de intelectuais desfilam os dedos pelas páginas sem ninguém para os escoltar. Febris de tanto trabalho e de livros abraçados carregam sarilhos, desamores sonhos vividos e por sonhar. Cai a noite e o corpo (já a balançar) não precisa de cama, basta um catre para porem as palavras a descansar. Os outros entalam os sonhos para não os deixarem escapar sonham naquela alameda um dia poderem entrar.
5 comentários:
Para si, Paulo, que deixou sair cá para fora uma personagem que não sabe quem é, umas modestas palavras que escrevi já há algum tempo atrás (um tempo).
SEMEADORES DE PALAVRAS
Agarram a madrugada esfomeados de palavras.
Não podem esperar, têm que trabalhar.
Semeiam letras, vírgulas, pontos finais
reticências e outros pontos mais.
Envolvem e revolvem,
regam, adubam,
e à pressa as palavras vão ceifar.
Levam-nas às costas
por alamedas de intelectuais
desfilam os dedos pelas páginas
sem ninguém para os escoltar.
Febris de tanto trabalho
e de livros abraçados
carregam sarilhos, desamores
sonhos vividos e por sonhar.
Cai a noite
e o corpo (já a balançar) não precisa de cama,
basta um catre
para porem as palavras a descansar.
Os outros entalam os sonhos
para não os deixarem escapar
sonham naquela alameda
um dia poderem entrar.
Um abraço
MV
Olá Marta Vasil
Obrigado pela partilha deste excelente poema, que é lindo.
Um abraço
Deveria ter continuado a partir do .difusa. Sê o momento, mesmo que emaranhado.
Adoro ler-te.
Gbjo!
O Emaranhado da vida! Seria bom torná-la mais fácil. Como? Compete-nos a todos nós fazer esse esforço.
Bjo Grande.
pois... é um problema que, de facto, afecta muita gente. O de não saberem quem são. Não me parece, aliás, sei, que não é o teu caso.
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