Há cada coisa, que de incerto se faz e se teme, que logo corre e a correr se veste da argúcia do certo… pura ironia do contraste dos estados.
Há uma avidez mórbida de ser e/ou ter um passo cada vez mais constante e certeiro, que chega até a parecer um disparo, quiçá, de morteiro, que, na rebeldia do atirador, se mistura com a vontade e a ganância de ser primeiro e/ou de ser exacto…
Há por magia, nas margens do dia, um iníquo pacto, que reza na voz um poder intranquilo que rouba a noção de quem se diz pupilo da razão.
Há tanta coisa, todas elas amedrontadas pelo incerto, que fogem, sem a devida noção e mergulham num marasmo impopular, que se confundem com o “in” – certo.
Enfim, há cada coisa mais estranha que casa com o perfil mais rebelde desta caminhada de surpresas. Que interessa? Nada. – Digo eu.
São as ganâncias, as invejas do homem, que moldam a passada ajustada a cada corpo que passam nesta curta vida transformada em caminho.
Que interessa? Nada. – Repito eu.
O incerto, que é o momento mágico da vida, é trocado pelo certo e tudo se perde, perdendo-se assim a luminosidade do bom senso para dar lugar ao certo, quiçá, aquilo que passamos uma vida a fugir e de repente percebemos que, ao fugirmos, inconscientemente, passamos uma vida a aproximar-nos.
Não adianta depois, trocar as voltas da vida, para baralharmos o incerto e o certo, para ficarmos com um deles, mesmo que, de pura verdade, nem nós saibamos qual é o que se adapte mais a nós, na medida certa da vida em que nos encontramos.
Que interessa? Nada. – Penso eu.
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