segunda-feira, junho 15, 2009

Crónica sobre o livro "Amor dos Babuínos"

Amor dos Babuínos – de Miguel Cardoso Pereira

Quando recebi este livro, reaprendi aquela velha lição de vida - não devemos ligar aos preconceitos. É que ao ler o título do primeiro capítulo achei que o livro jamais seria editado, porque ninguém escolhe “Hoje acordei morto”. Obviamente que, com a continuação da leitura, ficou mais uma vez provado que os preconceitos são desajustados e, muitas vezes, errados.
Com uma leitura atenta e sentida, porque neste livro não há alternativa, fui descobrindo a inteligência da escrita do Miguel Cardoso Pereira. Disse-o na apresentação, mas posso agora reafirmar, indo até mais longe, dizendo que, se entenderam que queria dizer que o escritor é uma pessoa inteligente, aceito-o e subscrevo. Já agora, justiça seja feita, que escreve muito bem. Fica esse reforço, agora que estamos na altura futebolística de aparecerem aos molhos.
Também concordo com o que disse o Vítor Serpa na apresentação do livro «Para mim é um livro. É isso que os escritores fazem. Não escrevem romances, escrevem livros.» Embora a sociedade não abdique de rótulos e este “Amor dos Babuínos” possa ser rotulado de Romance.
Hoje, dois dias após o lançamento, é-me grato ler no jornal “A Bola” o destaque merecido e, com alegria, o meu pensamento empurra-me para todo o trabalho dedicado do Miguel, para o apoio dos seus amigos que, julgo nunca lhe recusaram e para os pormenores que passam ao lado de quem compra este livro e, nesse aspecto, recordo, como exemplo, a forma engraçada e empenhada como foi conseguida a foto da capa pelo próprio Miguel e pelo nosso amigo Gonçalo Lobo Pinheiro, um fotojornalista de grande craveira que também tem o dom da escrita, no caso, na poesia.
Enfim, recordações e apostas, que, um dia, me trarão um sorriso gigante de satisfação e de o dever cumprido.
Hoje o tempo é de alegria e de trabalho, amanhã quando o Miguel Cardoso Pereira for mundialmente conhecido espero poder afirmar – Ele é meu amigo. E para os amigos queremos o melhor, independentemente se estiverem connosco ou mais distantes. Certo, certo é que este rapaz vai longe neste caminho que, pela frente, o desafia. E disso tenho a certeza, não engana, porque o moço é mesmo bom.
Agora vamos lá a trocar essa notinha de dez euros por um punhado de palavras mágicas entre o amor e a morte que o “Amor dos Babuínos” nos entrega com uma dedicação única.
Boas leituras.

Informações em http://www.temas-originais.pt

(a página 38 do Jornal "A Bola" de 15/06/2009)

2 comentários:

Anónimo disse...

é um ORGULHO para a TEMAS ORIGINAIS e para ti, PAULO AFONSO!!!

A BOLA tem de facto uma projecção mt grande e que seja um estímulo para a tua editora e para nós, escritores e leitores :)

Um bem-haja à cultura, ao mundo dos livros e à sua boa divulgação!

Bj amigo e de incentivo

PCFajardo disse...

Caro Paulo Afonso Ramos,
chamo-me Paulo Fajardo e sou reportér de imagem para a sic na delegação de Coimbra. Neste momento estou a trabalhar na pré-produção de um documentário sobre a Arte Xávega. Como irei necessitar de vários suportes para retratar o tema, venho por este meio solicitar a autorização do uso de um dos seus poemas no documentário. O poema em questão chama-se "Sou pescador..." e está editado no livro "Caminho da Vontade". O seu nome seria devidamente creditado na ficha técnica. Para mais esclarecimentos, envie-me o seu contacto para fajardo.pc@gmail.com Obrigado pela atenção, PCFajardo.