Divido-me entre as árvores que, no campo, ficam de pé e as ondas que, na praia, eclodem… Divido-me entre o dia apressado e a noite calma, em que me desprendo das cordas sociais, que me amarram, mais a minha mente do que o meu próprio corpo, e consigo aproximar-me mais da natureza. Da minha própria natureza, que por vezes é como uma árvore bem plantada que, pacientemente, vê os dias fugirem-lhe, ou outras vezes, mais parece as ondas de um mar revolto que encontra em cada praia a oportunidade de rebentar, logrando da sua inércia, para assim matar os dias perdidos nos gestos dos meus dissabores. Ainda me sobram os dias e as noites em que não vivo, onde sobrevivo das lacunas de um tempo quase imperfeito.
Continuarei a ver os dias morrerem, até que chegue a minha vez, entregando-me as alternativas que a vida me dá. Vivendo nos intervalos dos nossos momentos e recebendo a bênção das amizades que vou fortalecendo. Contra as intempéries e os agrestes desejos, vou no meu caminho, crescendo e evoluindo, para que possa ter a capacidade de discernimento e absorção do tempo que me resta.
O resto é como as chuvas do mundo, que molham apenas quem anda perdido nas ruas da ineptidão…
Recolho-me no templo da fé e acredito no mundo que me rodeia…
3 comentários:
eu tb sou assim, acredito no mundo q me rodeia e ás vezes...zássss!mas vale-nos a poesia para purificar a alma.gosto mt de te ler.belas prosas, como sempre.bj :)
Viver entre... e entre... Assim se faz o nosso caminho, por estradas e atalhos, por entre o fácil e o difícil, com a dor e a felicidade, com o acreditar e o desacreditar...
Dividimo-nos entre... e entre... e SOMOS.
Excelente texto
Bjs
MV
Temos de aceitar o mundo em k vivemos e adaptarmo-nos...se bem k por vezes é dificil. mas temos de saber viver. um bj mt grd para um ser humano incrível. Obrigada mais uma vez por fazeres parte da minha vida e por um dia teres cruzado a minha vida.
Teresa Crespo
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