Rasgo a emoção
com a mesma força que me defendo
rasgo, revoluciono e atiro contra o chão
esse mesmo chão testemunha dos meus dias.
É que esta emoção mexe comigo
solta-me as lágrimas e invade o meu estado amigo
com peripécias e ousadias.
Rasgo sem medos, mas também sem pensar
sem saber da razão!
E pelo meio da tremenda agitação
há um corpo que se perde
na loucura dos sentimentos
na brandura das imagens inopinadas
e numa aglutinante vergonha
que esconde os olhos amedrontados e molhados
desconfiados dessa vaga que invade o coração.
Ah! Vergonha de sentir
vergonha de ser o corpo da emoção.
Ajuda é preciso
para libertar o homem das correntes sociais
é preciso sentir, chorar e sorrir
ser um homem e nada mais!
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