Ontem morri nos teus braços. Foi cumprido o meu último desejo. Nem pensei em ti, por ser tão egoísta, quis morrer assim.
Tínhamos gasto as últimas horas no aconchego de um lar emprestado, cheio de requintes, que nos concedeu mais entusiasmo e melhorou os nossos momentos íntimos.
Foram de intenso prazer, de uma sedução ímpar que os últimos instantes se preencheram. Só a Lua cheia foi testemunha dessa nossa noite. Só ela espreitou pela nossa janela, entreaberta, e seguiu cada passo que demos…
O silêncio da lua foi comigo e tu nunca contarás o que aconteceu. Ontem morri nos teus braços e levei comigo este sonho em que viveste. Sem que o saibas, morreste também envolta ao meu corpo. Morreu um amor que nunca existiu, nos braços de um sonho que não se tornou realidade. Só o ontem permaneceu e hoje nada mais importa.
2 comentários:
O amor verdadeiro nunca morre.
O texto é lindo Paulo. Muito bem escrito, sente-se uma carga de dor que passas muito bem ao leitor. Sem o ser parece muito verdadeiro, algo que só os bons escritores sabem passar.
Beijinhos
e digo eu q ando dramática...olha q estas palavras bem o estão...mas gostei de ler!têm um quê de sonho, e mistério.
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