Este meu corpo trémulo quer que o teu corpo floresça debaixo do meu olhar…
São mágicos rituais que se envolvem nas mestrias dos meus desejos…
Há uma parte de mim que foge destes momentos.
Tenho um espaço próprio, dividido, em que as sensações movimentam um remoinho feito de mim… Há loucuras que residem e vagueiam nas veias, que correm como um sangue insano, agreste, e em combustão permanente. São esses, os meus dias, que me fazem sofrer numa exactidão escondida. Espantadiça.
Há uma luta, sofrida, incontida, que apaga lentamente o que resta de mim.
Oh! Que loucura tenho guardada só para mim que me afaga a intenção e acende a chama dos gestos, das palavras e das ilusões…
Tenho um coração que agarra o mundo em soberbos riachos de lágrimas despedaçadas como uma tristeza que acaba num gesto meu, agora, sem retorno… Qual noite que presenteia a acção requerida, aplaudida, pelo magno fim eminente?
Tenho também uma razão por validar que estremece o mesmo gesto e aquece a mais requintada emoção.
Sou um corpo dividido, exposto ao meu querer, que se serpenteia por entre um sim e um não. Sou uma mulher perdida ou um homem por encontrar… Serei sempre um corpo por alimentar.
Tenho uma parte acertada, assertiva, que vive em uno, seja qual corpo for, de mim, que designo como coração.
Traz-me indissolúveis momentos que guardo. Fomenta-me essa paixão que ateia a verdade dos meus olhos e assim esconde a noção, dilapidada, da história da minha condição.
Sobra-me tudo do nada que nunca existiu, falta-me tudo do pouco que morreu nos dias que passaram por mim, em qualquer conjuntura.
Há um ensejo flagelado, em que os exequíveis acontecimentos, se cruzam no meu íntimo… Tudo e tão-só, porque o coração quer ir contra a razão!
Por favor ajuda-me!
Ajuda-me já!
1 comentário:
Se por vezes seguimos a razão, não vivemos verdadeiramente.
Por vezes penso que o coração é mais sábio...
Quanto ao pedido de ajuda... estou sempre aqui para ti!
Beijo enorme
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