[Sandra Nóbrega – HISTÓRIAS DIFÍCEIS DE CONTAR – Lua
de Marfim, 75 pp, 10 euros]
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No passado sábado, 24 de março, na Galeria Municipal do
Montijo foi lançado o segundo livro desta escritora incluído no âmbito das
comemorações do Dia da Mulher.
Esta obra, Histórias
Difíceis de Contar, é prefaciada pelo Dr. Armando Leandro, presidente da
Comissão Nacional de Proteção das Crianças e Jovens em Risco.
Tive o prazer contribuir com uma pequena nota de editor,
reforçando a vontade de editar e de escolher as diversas temáticas publicadas.
Defendo, desde sempre, que os editores devem ter
consciência da responsabilidade de editar, razão pela qual, desde a primeira
hora deste projeto editorial, o faço. É em relação ao critério e em especial ao
alcance que a ferramenta livro poderá ajudar e influenciar o mundo. Como há
livros técnicos, outros de entretenimento, de ficção ou poesia, também há os
que podem ajudar-nos. Quase todos, se forem bons, poderão ajudar-nos, mas uns mais
que outros.
Enquanto seres humanos precisamos sempre de aprender mais,
de saber das realidades – por mais tétricas que sejam – e de crescer.
Desafiei a Sandra Nóbrega a escrever as suas inquietudes.
Sou um homem de desafios e isso reflecte-se no panorama editorial. Uso, para
definir a nossa editora, três palavras de imagem: Qualidade, Mensagem e Diferença – e este livro, tal como a sua
autora – conseguem reunir todas.
Agora, que este livro está finalizado, sinto que o desafio
foi ganho. É preciso, no entanto, dizer que houve a coragem de o assumir, em
especial por parte da autora, e todas as pessoas envolvidas – a quem agradeço
com devoção, orgulho e satisfação – deram o seu melhor com a missão de partilha
e dever de cidadão. No silêncio, mas marcado no tempo e nas nossas memórias,
ficaram longas horas de muito trabalho e sofrimento.
Espero que este livro ajude a libertar fantasmas, possa
dar enquadramentos para que alguém encontre vontade e força para superar
situações semelhantes às retratadas ou que alerte a sociedade, por vezes
egoísta e adormecida, para outras realidades.
As crianças são o nosso futuro, o nosso amparo e a nossa
esperança. O resto dos dias que nos falta viver devem ter um espaço de reflexão
e de consideração. Tudo está à distância de um nada. Agora, depois da leitura,
a consciência de cada um fermentará a importância deste objeto.
Que chegue a muitas mãos, mais olhos e abra os corações da
razão. A felicidade não é uma meta, um oásis ou uma busca intempor al mas sim um direito da condição humana. Todos
devemos lutar pela equidade e cada um, em particular, que faça a sua parte –
nem que seja ler e divulgar este livro –, pois foi para melhorar a vidas destas
e de outras crianças iguais a estas que acreditámos neste projeto literário.
Paulo Afonso Ramos
Publicado no
Jornal
(Abril 2012 - Edição n.º 7 | Ano I)
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