Em absinto puro
guardo o meu rebanho
de animais incontáveis
guardo as minhas loucuras
longe dos apogeus
dos segredos
e das fabulosas mestrias do destino
guardo tudo
escondo como escondo a tristeza
e na minha aldeia
de pastores da vida
dançamos aos tormentos
e nas vozes do tempo
espantamos os males desse caminho
que urge caminhar
entre arbustos e animais
entre dores e odes
onde o grito se abafa
antes do pastoreio
nasce o dia
e reza-se ao céu
na demanda do pleno.
2 comentários:
Muito bonita e de muita sensibilidade. Gostei muito.
faz-me lembrar Fernado Pessoa na sua personagem de pastor que vive a alegria dos dias, por viver na ignorância do saber...
Estive a dar uma vista de olhos pelo teu blogue e gostava de te dar os parabéns pela forma sentida como escreves e mostras os sentimentos que passam em ti...
Gostava que desses uma vista de olhos no meu pequeno sitio e me dissesses de forma honesta o que pensas dos poemas lá guardados pois gostaria de saber a opinião de uma pessoa com livros já editados pois gostaria muito de saber o que melhorar ou mudar na forma como escrevo para tornar possível um pequeno sonho que tenho...
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