quinta-feira, julho 02, 2009

Cria – dor

Entre os cinzentos
das esquizofrenias
dos rituais medonhos
da astúcia sociedade
onde passar,
é um mero acontecimento
lavram rasgados oponentes.
Há uma linha ténue
trajada de azulão.

Escapam risos
memórias sustidas
e um olhar melancólico
meio aspergido
curvado ao tempo
assumindo um corpo
perdido pelo chão
dessa tua passada incolor.
Entre cinzas caminharei.

Nas águas da liberdade
beberei as riquezas
profanadas
e no tédio azulão verdade
me deitarei resignado.

2 comentários:

Marta Vasil (pseud.de Rita Carrapato) disse...

De vez em quando o Paulo deixa-nos atordoados com os seus poemas.Ao contrário de muitos, este não me é de leitura fácil. Mas não vou desistir ate lhe tirar o sumo, nem que seja o sumo que eu apenas consiga espremer.

Beijinho e bom fim de semana

MV

Fatima disse...

Este poema é qualquer coisa...
não há palavras para o descrever.Ele diz tudo.

Bjo

Fatima