As minhas condolências para a sua família.
Fica-me uma perfeita noção de um homem inteligente, corajoso e de grande talento.
Há uma justa consciência unânime de que todos perdemos com a sua morte, não só o teatro, o cinema ou a encenação. Perdemos todos.
E principalmente, existe um sentimento ou uma percepção da nossa incapacidade de mudar as realidades da Humanidade. Todos temos um fim!
Então porque entramos em guerras patéticas? Porque ignoramos os detalhes da vida e os pequenos prazeres do sorriso?
O António Feio fez um caminho de ensinamento através da arte, do sorriso e da fantástica forma de interpretar a inteligência. Que o mérito lhe seja reconhecido.
Obrigado António pela palavra, pela imagem e pela gargalhada que tantas vezes obrigaste este povo, meio triste meio contido, a dar.
Hoje, entre a despedida e a homenagem, há uma lágrima marota que afasta o sorriso.
A vida é uma treta! E amanhã, em conversa com os bastidores do Universo, quando falarmos de teatro, de alegrias ou de comédias falaremos de ti.
Entretanto passaremos algum tempo a descodificar as tuas mensagens deixadas pelo caminho, mesmo a última que nos ofereceste.
Esta é a minha casa virtual onde poderás encontrar muitas letras unidas na construção das palavras, de poesia ou prosa, erguidas pelos sentidos… / Escrevo… para libertar as personagens que não consigo Ser! / Esta casa-blogue nasceu em 28 de Junho de 2006 - Obrigado por visitarem! - Paulo Afonso Ramos
sexta-feira, julho 30, 2010
domingo, julho 25, 2010
Série discreta para uma noite - David Fernandes
sábado, julho 24, 2010
Breviário Lamentoso - Jacob Kruz
sexta-feira, julho 23, 2010
Para Lá do Azul - Eufrázio Filipe
domingo, julho 18, 2010
Na Via do Mestre - Casimiro de Brito

Na Via do Mestre
Casimiro de Brito
Temas Originais, 2010
Se eu pudesse deixar de correr
Caminhava se eu pudesse deixar de caminhar
Sentava-me à sombra da nogueira azul do céu
Se eu pudesse deitar-me deitava-me
Numa cova com a forma do meu corpo em
Repouso se eu pudesse deixar de cantar
Fechava os olhos e olhava o alto vazio
Onde não acontece nada a não ser
A conciliação provisória do caos
E da luz que não se cansa de nascer.
sexta-feira, julho 16, 2010
Área Afectada - Fernando Esteves Pinto

Área Afectada
Fernando Esteves Pinto
Temas Originais, 2010
Ellington sempre me parecera nervoso.
O mesmo acontecia com os nossos jogos psicológicos.
Havia na família uma moldura diferente
atribuída a cada sentimento.
Depois de nos degolarmos na sala a pergunta era esta:
que moldura sentimos que faça parte do nosso espírito?
Eu dizia tristeza e murmurava sempre tristeza
e o coração do pai abandonava-nos com vergonha
a mãe enrolava as mãos a segurar o amor
e eu adormecia em delírio e despertava sempre em delírio.
O jogo da moldura tinha a vantagem da incompreensão.
Numa família há os realizadores de molduras
e os que sentem a realização da matéria emocional.
As mais belas resoluções eram feitas
na presença de Ellington.
Improviso ambiental familiar.
quinta-feira, julho 15, 2010
Metamorfose do corpo - Eduardo Montepuez

Metamorfose do corpo
Eduardo Montepuez
Temas Originais, 2010
Trago na máscara diária o meu Carnaval
E nos dias a minha folia de ventos quentes
Sou muito mais quando consigo ser todo
Até nas horas das noites desertas
Ainda e muito, caminho de pé
Vertical aos meus sentidos – único modo
Onde a paz transpira e respira
Porque também é vida
Eis os meus passos – de pegadas longas
Em ritmos desenhados
Expostos na minha passagem.
terça-feira, julho 06, 2010
Apresentação conjunta dos livros de Poesia e Contos Eróticos – “ rio que corre indiferente” e “Desafios em fusão” em Lisboa

Os autores, Nuno Guimarães, Anna Ruta e Rui Reis, e a Temas Originais têm o prazer de o convidar a estar presente na sessão de apresentação dos livros “rio que corre indiferente” e “Desafios em fusão” a ter lugar no Auditório do Campo Grande, 56, Lisboa, no próximo dia 10 de Julho, pelas 15:30.
Obras e autores serão apresentados por Ana Margarida Cristo e Ângelo Vaz.
rio que corre indiferente
(Poesia)
Sinopse: “Cada poema reflecte desiguais vivências, e através delas encontramos os variados estados de espírito do poeta, nos distintos períodos de vida – cantos, hinos à mulher amada, discursos e voos através de belas esculturas de palavras.” Irma Vitukynaite (do Prefácio)
e,
Desafios em fusão
(Contos)
Sinopse: “poderá considerar-se uma ousadia, no sentido corajoso da palavra, ao descreverem, sem preconceitos e com as palavras directas, os seus momentos mais íntimos. Este livro, em pleno século XXI, não deixará nenhum leitor indiferente, constituindo, esse facto, mais uma boa razão para ser lido.” Paulo Afonso Ramos (da “Breve nota introdutória”)
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