sábado, janeiro 31, 2009

Escrever

Mesmo que não queira escrever, que não sinta vontade ou que, não encontre alguma mensagem para transmitir, o meu estado carecido, empurra-me para que abra um documento Word (que já passei a fase do papel e da caneta) e comece uma nova aventura das palavras.
De um fundo branco crescem formigas transformadas em palavras feitas que depressa se adornam em frases com pouco ou nenhum sentido. Ainda assim, não desisto de escrever e, no balanço que os meus dedos, tomam delicio-me entre as palavras e perco-me nas frases sem qualquer importância do acto ou sem qualquer curiosidade no que vai fluindo. É essa a palavra correcta, fluir, porque as coisas acontecem com uma velocidade medonha que nem me sobra tempo para corrigir ou ter atenção ao sentido de cada espaço ou de cada palavra e muito menos aos sabores das palavras.
No fim, exausto desse exercício, leio num todo o resultado. Nem sempre gosto do que leio, também é verdade que nem sempre entendo porque o escrevo, embora já tenha algumas situações em que as pessoas reagiram com admiração por ter escrito para elas, umas vezes sim, outras não, que importa isso se o resultado é mesmo o que conta?
Então, continuo o meu caminho, na estrada da escrita a deliciar-me com o que faço porque já o faço por necessidade e, na verdade, por puro prazer, mesmo que não queira escrever, que não sinta vontade ou que não encontre nenhuma mensagem para partilhar, como neste caso quando iniciei a escrita, sempre na esperança que saía algo, porque sai sempre algo, no fim de cada texto. E mesmo que não entenda ou não goste do que acabe de escrever, já sei, por experiência própria, que haverá alguém que vai gostar, haverá alguém que se vai identificar com o que lê e isso basta-me para que o partilhe.
Enquanto continuar a escrever espero que o desejo seja igual ao prazer de o fazer e que as leituras cheguem dos que se identificam.

sexta-feira, janeiro 30, 2009

Excertos de Uma Despedida VII

(personagens: Diogo & Esmeralda)

Diogo:

“Não posso adiantar-te mais nada. Sobra-nos um silêncio que ambos teremos que saber gerir. Por favor, não respondas, um dia entenderás o meu pedido. Até sempre!”

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Excertos de Uma Despedida VI

(personagens: Diogo & Esmeralda)

Esmeralda:

“Há demasiada estranheza. Há imensa surpresa. Nem estou em mim ao ler as tuas palavras. Precisas de ajuda. Deve ter acontecido algo de grave e o teu silêncio camuflou esse novo dado. Diz-me o que se passa para além destas palavras, deixa-me ajudar-te…”

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Excertos de Uma Despedida V

(personagens: Diogo & Esmeralda)

Diogo:

“Este é dos passos mais difíceis que dei, e, por isso, optei por fazê-lo deste modo. Não sabes o que me custa. Peço-te, se pedir é aceitável, que não faças mais perguntas nem penses que és culpada de coisa alguma. Quero apenas que aceites e sigas o teu caminho que seguirei o meu, que o futuro fará o que tiver que ser. Que mais te posso dizer, além de que lamento todo este processo. Desculpa.”

terça-feira, janeiro 27, 2009

Excertos de Uma Despedida IV

(personagens: Diogo & Esmeralda)

Esmeralda:

“Estou espantada com a tua resposta. Cada vez mais acho-te uma pessoa diferente daquela com que casei. Ou é este tema, o que não acredito, ou há alguém que baralhou a tua cabeça ao ponto de te tornar numa pessoa insensível, que já não se revê como marido e pai. Direi que, no mínimo, estou desapontada para não dizer chocada.
Tratas este assunto por carta, e como isso não fosse bastante constrangedor, ainda consegues ser frio. Nem sequer pensaste no que pedi na anterior carta. Deixas-me sem palavras e incomodada. Não sei o que fazer…”

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Excertos de Uma Despedida III

(personagens: Diogo & Esmeralda)

Diogo:

“Creio que, depois da nossa realidade laboral nos ter afastado, na distância e no tempo, as coisas começaram a ter outros contornos. Hoje há uma realidade dura entre nós. Já não vivemos os mesmos sonhos nem perseguimos os mesmos objectivos. Nada de mais se passa e este é o caminho que ambos temos pela frente sem que encontremos qualquer alternativa que seja do agrado de ambos. Afinal, nos tempos que correm, uma separação e refiro-me ao divórcio, porque na realidade a separação já existe, não é assim tão difícil de aceitar e é recorrente acontecer entre outros casais com menos razões que nós…”

domingo, janeiro 25, 2009

Excertos de Uma Despedida II

(personagens: Diogo & Esmeralda)

Esmeralda:

“Nunca esperei que estas palavras chegassem de ti. Entreguei-me totalmente, fui namorada, mulher, amante, fui mãe dos nossos filhos, trabalhadora e dona de casa. Só o tempo, o mesmo que ambos gastamos, mudou as nossas vidas e os nossos rostos. Nunca suspeitei deste final e as tuas palavras não conseguem fazer com que o entenda.
Não sei o que pretendes, nem porque o fazes, apenas te peço que consideres uma ponderação respeitável e assumas o seu resultado, mas, por favor, sê isento na apreciação e sincero na sua divulgação, pelo que o nosso passado merece e pela imagem que ainda tenho de ti.”

sábado, janeiro 24, 2009

Excertos de Uma Despedida I

(personagens: Diogo & Esmeralda)

Diogo:

“Já não há futuro no nosso caminho. No presente há um sentido destemido e assumido como um passo que tinha que ser dado.
Do passado fica-nos a memória dos nossos actos, dos nossos desejos planeados e que nunca foram conquistados.
Agora nada adianta tentar inverter o rumo dos acontecimentos. É hora de assumir um fim. Houve um tempo em que as coisas aconteciam e que ainda podíamos evitar este desfecho final, mas ambos ignorávamos essa realidade.”

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Vida estéril

Nas estéreis ruas do acaso
vivem nuvens de bandeja-d'água
em cristalinas opas
que o vento empurra.
São dádivas mono mentais
escorraçadas pelas intempéries sociais
monogamias
alegorias
roupagens devolutas
que matizam os dias.
Nos acasos das ruas
morrem brandos costumes
de singelas feitorias
que arredondadas do nada
imperam de dóceis sabores
bordados pelos nocturnos
fantasiados
de homens do leme
que guiam o destino
dos que ficam por terra…
Morre o desejo
que enterra o sonho
mata-se o sem-abrigo
que na lentidão da vida
já morrera então…
Sobe o pano
com o amanhecer
e a vida
qual peça de teatro
recomeça
sedenta de tudo
voluptuosa
liturgia dos condes
que vivem das eternas esperanças.
Com a noite
chega o cansaço
que traz o abrigo
de mais um dia perdido.
Estéreis ruas
dos homens rasgados
que se anicham
no preme
do amanhã.
Morrem aos poucos
os vagabundos eruditos
nas ruas
que continuam estéreis
e do acaso.

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Estou Só...

Há ilusões que confundem os transeuntes, desta avenida chamada vida. Há visões do que queremos e nem questionamos se a nossa verdade é tão real quanto a que colocamos na nossa mente. Há uma lua que pensa em mim nas noites em que adormeço devagar e em que me perco num sono pegado. Há, também um sol que acompanha os meus dias mais vistosos, aqueles onde passeio por entre outras pessoas que caminham como eu, em todas direcções, mas num séquito por decifrar…
Há tanta coisa, tanta gente e tanta ilusão misturada entre sonhos e entre dissabores arrecadados pelo negrume das ânsias e da falta do tempo perdido nas inconsciências dos actos e das perdas camufladas pela vontade de não as assumir. Também há tanta gente, que brinda aos inusitados espaços dos tempos e que percorre a mesma avenida desta vida, que é nossa, que é, principalmente de todos e, ainda assim, cada um puxa só para si, num acto inqualificável de puro egoísmo.
Que perdemos nós? Que ganham eles?
Afinal, nesta passadeira vestida de avenida, da vida de todos, estou no meio de uma multidão e no entanto, continuo tão só.
Estamos todos. Mesmo que não queiramos assumir essa realidade, fruto do nosso egoísmo, não deixa de acontecer essa aparente desilusão que se anuncia de normalidade e é um factor de diferença. Olha em teu redor e sente o quanto estás tão só.
Perto de tudo e de todos podes sempre perceber que, por vezes, continuas assim como eu. Tão só. Espero-te. Enquanto não chegas estou só…

domingo, janeiro 18, 2009

Carta a quem lê

Carta a quem lê...


Sou o que resta de mim, mas ainda a tempo para que vos comunique o meu último passo, que dou com uma mão ferida e um coração esmagado nas palavras que escrevo.
Os últimos dias que arrastei foram deixando cair as minhas personagens num marasmo inexplicável. Num sofrimento escondido, foram morrendo, uma após outra, de causas tão naturais, como o frio que ainda mata, ou como o medo que aterroriza e nos leva a loucura, ou ainda de falta de afecto, outra causa tão intensa como as anteriores. Várias razões foram acontecendo. Os meus dias foram apagados a pressa por não serem vividos. Tudo foi acontecendo num descalabro imprevisível e urge que essa consciência seja partilhada. Sei que, independentemente das causas, as personagens ficaram silenciadas primeiro, para depois receberem o golpe misericordioso, para que, num acto final, morressem na solidão dos meus actos.
Não. Não fui eu que as matei. Limitei-me apenas a assistir, sem que nada fizesse para evitar este trágico desfecho.
Resta-me um pedaço de mim em desgraça e um olhar que segue as palavras que também arrasto num sofrimento atroz, uma dor que deixa em mim um flagelo que me faz desejar e antecipar o meu próprio fim.
Não escreverei mais, e, desta despedida, fica um passado exposto em que posso recorrer para ler os meus dias, as minhas fantasias e os meus sonhos. Que leia quem quiser, que seja o que for, ninguém mudará o que aconteceu. Vivi cada frase com paixão, deixei-me em cada folha e entreguei-me de corpo e alma à emoção e a cada momento que criei. Mas cheguei ao final. Tudo é um ciclo e este fecha-se hoje, sem que antes, e nas minhas últimas forças, vos agradeça todo o apoio que foram dando nas visitas aos meus escritos ou nas mensagens que foram escrevendo.
Sobra-me a pessoa, projecto em ebulição, para que o caminho se faça em consciência e em linha recta, numa entrega total e em prol do próximo.
Grato por terem existido nas loucuras do meu imaginário e por serem tão reais quanto vos assumi, na brandura das minhas frases em que nunca se agigantaram.
Sois o melhor que levo. O melhor que guardei nas peripécias das letras que, um dia, iniciei. Por vós, sobra-me uma saudade, quase como a chuva miudinha que não é tão intensa mas que é constante e que deixa o mesmo efeito que outra chuva qualquer que seja mais e maior. Guardo-vos em mim, na parte que nunca morrerá. Até sempre!

quinta-feira, janeiro 15, 2009

"amar-te em silêncio"

Caros Amigos,

No próximo dia 7 de Fevereiro, na Amadora, vai ser o lançamento do livro da escritora Vera Sousa Silva, "amar-te em silêncio", com a chancela da Edium Editores.

"amar-te em silêncio", um livro de poesia de Vera Sousa Silva, construído por desejos e sonhos com sabores intensos, que nos transportam para um universo sentimental. Uma configuração de estados de um quotidiano na versão de uma mulher personificada e que aqui se expõe pelos actos, representados na poesia, e partilhados pela autora. Bons momentos para uma reflexão ou para uma apreciação natural, através de uma excelente leitura.

Podemos sentir cada mensagem intimamente, numa excelente escrita, num mesclado de momentos reais e outros imaginados, que prendem pela curiosidade e pela emoção que cada leitura cria.

Junto envio-vos uma pequena biografia da autora.

Em breve darei mais informações acerca da hora e do local deste evento.

Compareçam e divulguem!

Obrigado.



Biografia


Vera Sousa Silva nasceu em Lisboa, a 27 de Janeiro de 1974, residindo na Amadora, desde essa data, onde casou e foi mãe.

A poesia está presente na sua vida desde a infância. É, no entanto, uma escritora versátil, porque, embora escreva muito bem em poesia, consegue abranger outros géneros literários com a mesma intensidade e beleza. A sua escrita poética é bastante intimista com um traço tónico definido no amor. Prefere o estilo livre, mas tem também diversos poemas com rima e métrica, como por exemplo sonetos.

Escreve, com assiduidade no seu blog http://prosas-e-versos.blogspot.com/ e é ainda membro do site de poesia http://www.luso-poemas.net/ onde já desempenhou a função de Administradora. Também publica no site http://www.escritartes.com.

Em Fevereiro de 2007 lançou o seu primeiro livro de poesia "Pétalas Soltas" pela Corpos Editora, e, no final do mesmo ano, participou na antologia de poesia do site www.luso-poemas.net. Já em 2008 participou na Antologia de Prosa e Poesia do Luso-poemas, desta feita com prosas.

Ainda no Luso-poemas, participou em diversos concursos, tendo vencido em Dezembro de 2006 o Concurso Poema de Natal e, em Junho de 2008, o Concurso do Vinho, ambos na vertente de poesia, o que, desde 2006, lhe valeu o direito a condição de Membro de Honra daquele famoso site de poesia.

terça-feira, janeiro 13, 2009

Crónica - Aprende com as derrotas

Crónica

Aprende com as derrotas

Ainda tenho bem presente o sabor amargo de cada derrota que se intrometeu no caminho da minha vida. Ainda recordo a sua forma, a dor que veste e a ausência das soluções imediatas. Tenho, na memória, a lembrança provocada pela nítida sensação das injustiças, nem sei se das derrotas ou se da minha condição de derrotado, ou talvez de ambos, que senti aquando foram cometidas pelas várias derrotas do meu percurso. De todas absorvi um sumo que me ajudou a crescer. Ou seja, com todas aprendi.
Hoje recordo-as com o intuito de ainda aprender um pouco mais com elas, de saber, discernir os passos dados, os que provocaram as falhas, ou aqueles que se seguiram. Recordar as derrotas faz-me bem. Cria-me um medo saudável que me impede de cair no mesmo marasmo. Cria-me algum respeito, até por mim, mas essencialmente pela vida ou pelo que faço para que nela resulte, enfim, dá-me mais vitalidade.
No entanto, também não esqueço que não é fácil conseguir aprender com as derrotas, de início, pelo menos… Quando é preciso ultrapassar os receios ou as mudanças, quando é preciso saber parar e pensar… Ou até quando é necessário continuar o caminho de forma brava e ordeira. Sinto-me mais maduro. Hoje conheço outros sabores…E a vida continua!

domingo, janeiro 11, 2009

Talvez não saibas…

Toco no teu olhar
é tão macio
tão doce…
Talvez não saibas
que é a porta
que abre esse coração.
Toco na tua face
é tão hábil
tão bela…
Talvez não saibas
que é a janela
desse corpo.
Toco no teu sentimento
é tão nobre
tão puro…
Talvez não saibas
que o amor
é feito dessas imagens
desses passos
que não demos…
Talvez não saibas
nem queiras,
que o tempo seja capaz
de afagar os sentidos
de dar carícias aos momentos
enfim,
talvez não saibas
que existo tão perto…
Talvez,
talvez não saibas…

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Amizade

Há um sentimento que me faz feliz. Chama-se amizade e, ao que se diz, é tão eterna como a verdade.
Há, no rosto da amizade, uma presença, um olhar permanente, há, sem que se mostre, um sentido de ajuda e uma voz que ecoa na nossa mente.
Há ainda a memória, que, na sua ausência, nos aquece do frio e da distância que não ajuda, que não melhora…
Há tanta coisa que não se vê, há tanta emoção bem escondida que a voz cala e o coração grita. Há um silêncio sóbrio. Há, na mão, o poder do gesto que mostra a razão. Há até um amor que se prende, sem noção, que nos dá alento e que até se confunde. Há tanto na amizade que meras palavras não mostram quase nada. Que importa? A amizade não mente, nem tão pouco se anuncia, ela até pode ser pobre, porque é de toda gente, porque anda despida de valores materiais, porque é, apenas, de quem a sente…
Há um sentimento, em que sinto o seu nome, que se diz amizade e que me deixa tão feliz…

terça-feira, janeiro 06, 2009


A edium editores convida-o a estar presente na sessão de lançamento na zona de Lisboa de 2 títulos de António Rebordão Navarro reeditados agora pela n/chancela: trata-se do romance "Romagem a Creta" (primeira obra do autor publicada em 1964) e do poemário 27 Poemas (publicado em 1988). A sessão decorrerá no Hotel Alvorada, S. João do Estoril (em frente ao Casino do Estoril), na próxima quinta-feira, dia 8 de Janeiro, pelas 21.30 horas. A apresentação de obra e autor estará a cargo do Prof. Dr. Fernando J.B. Martinho.


Sobre o autor e sua obra:
António Augusto Rebordão e Cunha Navarro nasceu no Porto em 1 de Agosto de 1933. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi Delegado do Ministério Público em Vimioso e Amarante, Director da Biblioteca Pública Municipal do Porto e Director Editorial, tendo exercido a advocacia. Secretariou e dirigiu a Revista Literária Bandarra, fundada por seu pai, o escritor Augusto Navarro. Foi co-director e também co-autor de Notícias do Bloqueio e director-adjunto da revista literária Sol XXI. Colaborou em diversas publicações e encontra-se representado em várias antologias. Fez parte da direcção e foi Presidente da Assembleia-geral da Associação de Jornalistas e Homens das Letras do Porto e é Vogal do Conselho Fiscal da Sociedade Portuguesa de Autores. Alguns dos seus poemas estão traduzidos para castelhano, francês, checo, neerlandês e sueco. Em 2002 foi-lhe atribuído o "Prémio Seiva" (Literatura).
António Rebordão Navarro tem as seguintes obras publicadas: Romagem a Creta (1964) finalista do Concurso Literário Internacional Ateneo Arenyense, Barcelona, Um Infinito Silêncio, Europa-América (Prémio Alves Redol, 1970), O Discurso da Desordem (1995), O Parque dos Lagartos, Bertrand (1981), Mesopotâmia, Difel, 1985, (Prémio Internacional Miguel Torga 1984), A Praça de Liège , Bertrand, (Prémio Círculo de Leitores, 1988), As Portas do Cerco (1992) romance traduzido para francês e neerlandês, Parábola do Passeio Alegre (1995), O sulco das sombras, o qual recebeu posteriormente o título Romance com o teu nome, Campo das Letras, 2005, e foi distinguido com o Prémio Literário Florbela Espanca, 2003, Amêndoas, doces, venenos, Campo das Letras, 1998, (editado em Itália com o título Mandorle, Dolci e Veleni pela editora NonSoloParole, Todos os tons da penumbra, Campo das Letras, 2000. Contos: Dante Exilado em Ravena (1989). Crónicas: Estados Gerais (1991), Lello Editores. Teatro: O Ser Sepulto (1972) e Sonho, Paixão, Mistério do Infante D. Henrique, Publicações D.Quixote. Ensaios: Domingos Pinho e o Sistema das Representações Simultâneas e Juro que sou Suspeito - O Processo de Adultério em Camilo em 15 Alíneas. Poesia: As Três Meninas e Outros Poemas (Porto,1952, Edições Augusto Navarro); Outro Caminho do Mar (Porto, 1953, Colecção Bandarra, n.º 2); O Mundo Completo (Porto, 1955, Colecção Bandarra, n.º 6), Os Animais Humildes (Porto, 1956, Edição do Autor); Poema para Anne Frank (Coimbra, 1958, Separata da Revista Vértice); O Dia Dentro da Noite (Porto, 1960), Notícias do Bloqueio, Aqui e Agora (Lisboa, 1962 - Ed. Sagitário); O Inverno (Porto, 1978 - Ed. O Oiro do Dia); 27 Poemas (Porto, 1988, Editora Justiça e Paz); A Condição Reflexa (Poemas, 1952-1982) (Lisboa, 1990, Imprensa Nacional Casa da Moeda), Longínquas Romãs e Alguns Animais Humildes - Antologia Poética, Edições Asa, 2005).

segunda-feira, janeiro 05, 2009

Aprende com as derrotas

Não inventes nada
que o mundo não veja
não fujas da verdade
mesmo que seja só tua.

Aprende com as derrotas
a encontrar os caminhos
da virtude que se deseja
e da noção que apazigua.

Vem comemorar
com alegria e entusiasmo
vem ensinar
o que aprendeste na derrocada
entre lutas que venceste a chorar
nas noites de insónias
que o tempo levou.

Vem! Há sempre quem
precise de aprender
há sempre alguém
para reviver…

Não inventes
os mistérios da inveja
não tentes
essa mentira nua,
que pela rua corre
escondida que de si morre.

Vem brindar
porque mesmo na derrota
aprendes a ser mais forte, mais feliz
porque entendes
que há mais oportunidades
é a vida quem o diz
nas letras espalhadas pelo teu caminho…

Aprende nas derrotas
a sentir um dia de cada vez
a caminhar nos insólitos da vida
transforma esses pedaços
em força, em altivez
e faz dos teus passos
o olhar de quem aprendeu
de quem nas derrotas cresceu
e continua no seu caminho.

Ensina-me o segredo
em troca deste poema
de letras mortas,
ensina-me a perder o medo
deste dilema
em aprender com as derrotas!

domingo, janeiro 04, 2009

Apresentação da reedição de 2 Obras do escritor António Rebordão Navarro



Apresentação da reedição de 2 Obras do escritor António Rebordão Navarro

Será na sala do Hotel Alvorada - Estoril (em frente ao Casino)- Dia 08 (Janeiro/09) pelas 21h30m

Relembro que:

Estas duas obras aqui apresentadas - o 1º romance por ele escrito, "ROMAGEM A CRETA" e o livro de poesia "27 POEMAS" - deste autor, são agora reeditadas pela EDIUM EDITORES.

Se puder, não falte.

Obrigado.

sexta-feira, janeiro 02, 2009

Um desejo para 2009

Que o preço dos livros em Portugal baixem!

Se escrever é tão difícil, há um fantasma real que os mata, que os trucida, num silêncio complexo e de uma forma unânime, que acontece desde da sua nascente até que chegue, ou não, as mãos do leitor, seu destino por excelência.

Baixar o preço dos livros, mais que um acto de coragem é salvar a literatura, é salvar uma sociedade sem poder, sem tempo e com um futuro limitado. É ser consciente.

Salvem-nos! Baixem os preços dos livros, por favor!

Que 2009 traga vozes e os olhos que possam ajudar a mudar esta realidade actual.

Um livro não morre no tempo, só os leitores acabam lentamente… Salvem-nos!

Obrigado.

quinta-feira, janeiro 01, 2009

Próspero Ano 2009

Hoje é tempo de avaliar o ano de 2008. Nele cabe, e muito, o que aconteceu neste blogue e o que as pessoas que aqui passaram, leram e ou comentaram.
Por isso, ao olhar para este ano que agora finda, não esquecerei o que aqui vivi.
Tudo, num todo foi, um grande processo de aprendizagem.
Hoje é tempo de agradecer a todos. A todos quero desejar que este ano que agora se inicia seja de, harmonia, de amizade e especialmente de muitas leituras.
Desejo que a felicidade possa estar sempre presente nas vossas vidas.
Desejo que novos e ambiciosos projectos sejam iniciados, para serem concluídos com sucesso.
Desejo que a vida seja feita de vontades próprias e que traga sorrisos no olhar…
Hoje é tempo de assumir que 2008 ficará guardado, e bem guardado, no meu tesouro que apelido de baú da memória.
Para todos, sem excepção, desejo o triplo do que me desejam.
Que mais um ano seja sinónimo de força, inteligência, e pureza dos sentidos.
Obrigado por existirem.
Obrigado por me visitarem.
Obrigado por me lerem.

Próspero Ano 2009

Paulo Afonso Ramos
01/01/2009