domingo, dezembro 31, 2006

Adeus (2006)



Adeus (2006)

Num pequeno balanço deste ano que acaba, direi que foi positivo, na vertente pessoal, profissional e no aspecto lúdico.

Nas palavras que destaco, como o meu momento do ano, direi com palavras foi construído, quando no verão foi lançado o meu primeiro livro (a sós) de poesia.

O livro foi o realizar de um sonho, um projecto antigo, que acrescentou um pedacinho de magia e de ensino em que a vida é uma aprendizagem constante e surpreendente, e que devemos sempre exigir mais de nós próprios porque seremos sempre capazes de fazer mais e melhor.

Poder partilhar, poder perder a timidez de mostrar, poder ser lido por pessoas que amam o que leiam, poder receber um gesto de cortesia é de uma grandeza indescritível.

Em suma, um ano para recordar e porque a poesia foi marcante quis render uma pequena homenagem, fazendo o meu último poema de 2006 para o deixar aqui nestes meus blogs.

http://poesiadepauloafonso.blogspot.com/

http://artigodeopiniao.blogspot.com/

Um agradecimento especial para todos que leram o livro e o desejo de um óptimo ano de 2007.

Adeus (2006)

(o último poema de 2006)

Nas entranhas das dunas

Escondo as lamúrias do vento

Segredos nas espumas

E no eco do movimento.

Que a emoção nunca doa

Que o prazer nunca acabe

E quem sabe…

Se o desejo não voa.

Poemas loucos

Textos de melancolias

Histórias contadas aos poucos

Nas pressas e as correrias…

Navego na solidão

Como um estranho

Nem sei de onde venho

Nem recebo o que me dão.

Maresia ou flor

Acordo ou tratado

Gesto de amor

Sentimento cultivado.

Medo do infinito

Medo do principio e do fim

É o medo que nos faz assim

Sobre o qual, medito

Estados da alma, tento perceber

Trevo da sorte

Preparo para receber

A elevação da morte!

Paulo Afonso – 31/12/2006 – 00h16m

segunda-feira, dezembro 25, 2006

Rita Cooligde

Outros tempos, Outras Músicas II...

Por motivos técnicos, o filme foi retirado.
Obrigado pela compreensão.

Joe Dassin

Outros Tempos, Outras Músicas...


Por motivos técnicos, o filme foi retirado.
Obrigado pela compreensão.

sábado, dezembro 23, 2006

Futebol?

Futebol?

Por motivos técnicos, o filme foi retirado.
Obrigado pela compreensão.

domingo, dezembro 10, 2006

Artigo de Opinião

http://artigodeopiniao.blogspot.com/
O outro lado, que por vezes se intromete no espaço dos sentidos, com o objectivo de olhar para o aspecto intelectual de uma perspectiva diferenciada, de ângulos personalizados, para que resultado possa sofrer uma avaliação partilhada.


Um convite para uma visita.

sábado, dezembro 09, 2006

Flexisegurança

Artigo de Opinião

Flexisegurança

Numa primeira abordagem ao tema, poderemos concluir que apesar das actuais incertezas do avanço desta nova realidade, esta será a última nova aposta laboral deste governo (projecta-se para 2008), a mesma será sempre muito polémica, apanágio nas mudanças em Portugal.

Já existe em alguns países do norte da Europa, nomeadamente a Dinamarca e a Holanda, cujas realidades são diferentes da nossa.

Esta medida, se entrar em vigor, significará na prática uma maior liberdade para despedir, para flexibilizar os horários de trabalho, com maior incidência na redução de horas trabalhadas por trabalhador.

Obviamente, que existem alguns pontos de beneficio social, pois a mesma prevê uma formação contínua (já referenciado no novo código do trabalho e pouco saliente na prática), como também prevê que o trabalhador ao ficar desempregado fique com direito a um maior nível de segurança e protecção social. A um subsídio de desemprego mais generoso, por exemplo. No entanto este facto a ser real, representará um custo directo para o Estado na medida em que fará subir o valor do subsídio de desemprego concedido aos trabalhadores que aderirem ao novo esquema. A aplicação com sucesso da flexigurança implica que muitos trabalhadores venham a prescindir de direitos e regalias, sendo compensados com mais protecção social.

Depois, toda esta estratégia mexerá com a estrutura negocial das empresas privadas, com as finanças do estado e com consequência maior no aspecto social individual, reflectido em cada trabalhador e na sua colocação específica na comunidade. Poderá significar uma mudança muito maior do que inicialmente possa ser previsto, pois tocará na instabilidade emocional, por ser uma novidade e arrojada, poderá atingir a parte de aquisição de habitação própria porque os bancos deixarão de conceder crédito a quem não tiver um emprego estável, bem como outros aspectos de educação adquirida.

Quero acreditar nas capacidades de quem tiver a obrigação de avaliar a possibilidade de implantação deste projecto no nosso mercado de trabalho, como também na capacidade atenta dos parceiros sociais.

Até lá o documento terá de ser negociado em concertação social.

Estejam atentos, porque estarmos informados é um dever e uma vantagem.

Paulo Afonso

Lisboa, 9 de Dezembro de 2006

A RAZÃO DA ESCRITA



Porque escrevo?

Se desperdiço o talento

Se ninguém lê.

Porque escrevo?

Se não tenho qualquer alento

Que alguém me dê

Escrevo o que não devo.

Porque me importo?

Com o que acontece...

Então!

Faço o que devo

Desperdiço o vento

E aprecio o sol

Esqueço o talento

E escrevo,

Mesmo que ninguém leia

Solto a minha alegria

O meu prazer

Oriundo do meu intimo.

A ideia,

Talvez transformada em poesia

É o que me faz escrever.




Carta de Amor

Querida,


Acordei agora e encontrei-te ao meu lado, senti um mesclado de alívio e saudade. Alívio por ver-te serena e bem juntinha a mim, saudade por terem passado algumas horas sem trocar qualquer palavra contigo, sem ver o teu sorriso, sem sentir a tua expressão afectiva e amiga. A noite foi longa, houve momentos que troquei o meu sono pela oportunidade de olhar para ti, bela adormecida, momentos de magia em que pensei agradecer a ARTÊMIS por tu existires, agradecer a AFRODITE por seres tão bela e cheia de amor, a APOLO pela luz que se fez na minha vida ao cruzar os nossos destinos e a HÉSTIA pela harmonia que existe no nosso lar. O meu agradecimento foi direccionado a ZEUS.
Quando acordares, não saberás destes meus rituais nem tão pouco irei contar-te, não será de todo necessário, porque o importante é existir entre nós a química do sentimento e a telepatia da comunicação, como sinais de fumo ou as trocas de olhares, como as expressões faciais que tão bem conhecemos.
Querida, é tudo isto e muito mais, que ambiciono dizer-te diariamente e por inúmeras razões nunca chego a dizer-te. Hoje decidi escrever-te esta carta para não passar mais um dia, tento que por gestos ou atitudes diárias expressar-te tudo isto, espero que com sucesso.
Se deixares, resumir tudo isto, numa palavra, poderei dizer sempre…AMO-TE.

O teu amor – 15 de Outubro de 2006

P.S. Perdoa-me por nunca conseguir dar-te tudo o que mereces e metade do que me dás!

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Father Forgets - W. Livingston Larned

Father Forgets

W. Livingston Larned


O Pai Esquece.





Ouve, meu filho:

Falo-te enquanto dormes, a mãozinha debaixo do rosto e uma madeixa loira, húmida, caindo sobre a testa. Entrei no teu quarto, só e as escondidas. Há poucos minutos, enquanto lia o jornal no meu gabinete, apossou-se de mim o remorso.

Reconhecendo-me culpado, vim para junto de ti.

Vou dizer-te, filho querido, o que estive a pensar: tenho sido muito exigente contigo. Repreendo-te quando te estás vestindo para ires para a escola; porque lavas a tua carinha passando-lhe apenas uma toalha húmida. Censuro-te porque os teus sapatinhos não estão limpos. Chamo a tua atenção com aspereza, quando atitas ao chão alguma coisa que te pertence.

Ao café, encontro mais falhas. Ralho porque desperdiças as coisas, comes apressadamente, pões os cotovelos na mesa e manteiga a mais no pão. Passo o tempo todo a ralhar contigo, meu filho. E, quando sais para brincar e eu vou tomar o comboio, levantas as mãozinhas com um aceno de amizade, e dizes: «Até logo, papá!», e eu, na ânsia de te repreender, franzo a testa e respondo: «Endireita os ombros!»

Quando regresso, à tarde, recomeço as minhas exigências. Enquanto venho pela estrada, procuro-te; vejo-te de joelhos, a brincar com os teus amiguinhos. Descubro buracos nas tuas meias; humilho-te perante os teus companheiros, mando-te seguir para casa à minha frente. «As meias são caras; se as tivesses de as pagar, serias mais cuidadoso!» Imagina, filho adorado, tudo isto dito de pai para filho!

Lembras-te de que mais tarde quando eu lia no meu gabinete, vieste timidamente, como uma espécie de mágoa a brilhar nos teus olhinhos? Quando, aborrecido com a interrupção, olhei para o jornal, hesitaste em entrar. «Que queres?», disse eu, intempestivamente.

Não disseste uma só palavra, mas correste para mim, deitaste os braços ao meu pescoço, beijaste-me e os teus bracinhos apertaram-me com o afecto que Deus colocou florescente no teu coração e que mesmo toda a negligência não pode destruir. E, então, foste aos pulos pela escada acima.

Pouco depois, meu filho, o jornal caiu-me das mãos e invadiu-me um receio doentio. Que vantagens me poderiam trazer a maneira como te estava tratando? Descobrir as tuas falhas, repreender-te por coisas sem importância, era a recompensa que te dava, por seres criança. Não porque não te amasse; mas porque queria exigir demasiado da tua infância. Tratava-te como se tivesses a minha idade.

E no teu carácter há tanto de bom, de fino, de verdadeiro! O teu coração é tão grande como a própria aurora, quando desponta sobre as montanhas. Não podias dar-me melhor demonstração de tudo isto, do que, depois de tudo e apesar de tudo, correr para mim a beijar-me, carinhosamente, dando-me as boas noites. Meu filho, hoje nada mais me importa! Vim para junto de ti, e, na escuridão, ajoelhei-me envergonhado!

É uma fraca reparação, mas sei que não entenderias estas coisas, se eu as dissesse quando estas acordado. Mas, filho adorado, vou ser um verdadeiro pai. Serei um companheiro teu, sofrerei quando sofreres, rirei quando rires, não direi mais palavras de impaciência. Repetirei a mim próprio, como se fosse um ritual: «O meu filhinho nada mais é do que uma criança pequena!»

Receio ter-te encarado como se fosses um homem. E, contudo, quando te vejo agora, filho querido, deitado e despreocupado na tua cama, vejo que ainda és uma criança. Ontem, ainda estavas nos braços da tua mãe, a cabecinha recostada no seu ombro…

Eu estava a exigir demasiado de ti. Demasiado…

domingo, dezembro 03, 2006

A árvore!

Essa essência da vida, ou de uma época que salva o nosso consciente…porque durante todo o ano, ano após ano, ignoramos as pessoas no dia a dia, sejam elas família, amigos ou conhecidos, porque temos a nossa estrutura de vida montada e dela não abdicamos nem para fazer um telefonema ou enviar uma curta mensagem.

Passam alguns aniversários, de adultos ou de crianças, nada acontece …tudo se restringe pelo núcleo de trabalho e nem esse escapa… com a desculpa que passamos muitas horas em conjunto, julgamos que os outros “nossos colegas” são obrigados a suportar as nossa crises existenciais e a mais crédulas birrinhas…

No ano, só no período de férias as coisas abrandam, para logo voltarem ao seu normal.

Até que chega aquele mês, em que podemos recuperar tudo e em que podemos apagar o ano que passou, para isso basta que façamos uns telefonemas de boas festas, umas mensagens que incluem um prospero ano novo e essencial, que possamos ir as comprar para “rechear” aquela especial arvore de Natal lá de casa… e como o nosso ego é grande, como a nossa consciência não é pequena, uma vez por ano pelo menos, queremos rechear algumas arvores de outras casas…

Abençoada árvore, em que depositamos a nossa contribuição, para sermos salvos do ano desastroso que finda, afinal as relações humanas são acometidas as comerciais ou somos todos hipócritas?

Quando bastava, um sorriso e um mínimo interesse diário pelo nosso semelhante!

domingo, novembro 26, 2006

POESIA

Poesia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A poesia é uma das sete artes tradicionais, através da qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos. O sentido da mensagem poética também pode ser importante (principalmente se o poema for em louvor de algo ou alguém, ou o contrário: também existe poesia satírica), ainda que seja a forma estética a definir um texto como poético.

Num contexto mais alargado, a poesia aparece também identificada com a própria arte, o que tem razão de ser já que qualquer arte é, também, uma forma de linguagem (ainda que, não necessariamente, não verbal).

A poesia, no seu sentido mais restrito, parte da linguagem verbal e, através de uma atitude criativa, transfigura-a da sua forma mais corrente e usual (a prosa), ao usar determinados recursos formais. Em termos gerais, a poesia é predominantemente oral - mesmo quando aparece escrita, a oralidade aparece sempre como referência quase obrigatória, aproximando muitas vezes esta arte da música.

Géneros poéticos

Os géneros de poesia permitem uma classificação dos poemas conforme suas características. Por exemplo, o poema épico é, geralmente, narrativo, de longa extensão, grandiloquente, aborda temas como a guerra ou outras situações extremas. Dentro do género épico, destaca-se a epopeia. Já o poema lírico pode ser muito curto, podendo querer apenas retratar um momento, um flash da vida, um instante emocional. Poesia é a expressão um sentimento, como por exemplo o amor. Vários poemas falam de amor. O poema é o seu sentimento expressado em belas palavras, palavras que tocam a alma.

Definição sucinta de poesia: é a arte de exprimir sentimentos por meio da palavra ritmada.

Licença poética

A poesia pode fazer uso da chamada licença poética, que é a permissão para extrapolar o uso da norma culta da língua, tomando a liberdade necessária para recorrer a recursos como o uso de palavras de calão, desvios da norma ortográfica que se aproximam mais da linguagem falada ou a utilização de figuras de estilo como a hipérbole ou outras que assumem o carácter "fingidor" da poesia, de acordo com a conhecida fórmula de Fernando Pessoa ("O poeta é um fingidor").

A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique em romper com as normas tradicionais da gramática. Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer, também, a volatilidade da fala.

quinta-feira, novembro 23, 2006

Salvem o Mundo



“Quando a última árvore tiver caído, quando o último rio tiver secado, quando o último peixe for pescado, vocês vão entender que o dinheiro não se come”

Greenpeace




terça-feira, novembro 21, 2006

TESTEMUNHO




TESTEMUNHO

As vezes procuro encontrar

As mesmas sensações

Os mesmos momentos

Que em criança trazia no olhar

Encontrei ventos

Que espalham desilusões.

É a diferença da idade

Sem poder recuar

É toda a realidade

Que me faz lutar (brincar).

Hoje, o meu brinquedo

É todo o medo

De poder acabar.

Vejo o tempo, fugir

Das minhas mãos

Sem me iludir.

Continuo a caminhar

Pelo sonho que construí

Deixo, as palavras do que aprendi.



nada mais tenho...

domingo, novembro 19, 2006

Segurança Social - Areeiro - Lisboa

Agradeço-vos.

Apesar da minha breve passagem por esses serviços ter ocorrido já há algum tempo, recordo-a como uma mais valia profissional na minha carreira.

Desse período em que apreendi bastante, guardo na memória poucas coisas em contraste com o muito que guardo no meu coração, as pessoas.

Numa postura séria e profissional, que nunca abdico, passe por onde passar, foi com humildade, prazer e com responsabilidade que abracei o projecto em que me vi envolvido, que ainda hoje desejo que tenha conseguido dar-vos quase tanto quanto recebi de vós.

Hoje posso confessar-vos que descobri coisas brilhantes e simples como por exemplo o prazer de aprender com pessoas que ao ensinar também ofereciam o carinho e a amizade, que desconhecia existir desta forma, sem medos de perder e sem ilusões de ganhar, o que quer que fosse. Esses bocados guardo-os em ambos lados, na memória e no coração.

A todas essas pessoas, a quem eu nunca vou conseguir retribuir, prometo nunca esquecer os seus lindos rostos associados as suas posturas, para elas, são direccionadas estas palavras de agradecimento.

Dedico-vos que estas palavras simples, mas cheias de emoção e sinceridade, que pecam por tardias, mas, que servem para fazer uma pequena homenagem, com uma enorme justiça.

Confesso que ainda hoje vos recordo com saudade e simpatia.

A vida é mesmo assim, separa-nos das pessoas, dos projectos e dos lugares.

Estou lutando para que vida corra bem, luto também para que a mesma vida não consiga apagar as imagens e os bons momentos da minha memória e do meu coração, que com a minha passagem por aí consegui ganhar e por isso faço questão de assumir aqui o meu compromisso, que as pessoas, essas pessoas da Segurança Social do Areeiro, não deixarei nunca de recordar com carinho e amizade. Assumo esse compromisso para a eternidade.

Finalizo com intensidade e amor porque a saudade pesa, porque tudo tem que terminar e as minhas últimas palavras humildes e genuínas são:

Celebro e agradeço por terem contribuído para o meu crescimento moral e prático.

Muito obrigado a todos.


sexta-feira, novembro 17, 2006

Até Já!


Até já!


Não aceito, que partiste…

Os teus olhos mentiram-me

Com a verdade, enganaram-me

Mostraram o que sentiste.

Nunca fugiste!

Os dias, esses fugiram-me

As flores minimizaram-me

Da dor de quem desiste.

Cada lágrima, contida

Escondeu o desejo da vida

Tu! Nunca estarás ausente.

Hoje, a vida deu-me mais uma emoção

Triste é a verdade da razão

Pobre do homem que sente.





Paulo Afonso – Sintra, 17 de Novembro de 2006


domingo, novembro 12, 2006

Meditação


Foi há alguns dias atrás que nasci…e ainda á poucos dias era assim (como na foto) e depois sem dar por isso, cresci. Arranjei a minha primeira namorada e pensei para mim, já sou um homem, sem pensar muito no presente fui esquecendo o passado. Sem pensar muito no futuro foi passando o presente… e sem dar por isso, o tempo, sem parar, foi passando, cada minuto e cada dia em cada ano a correr, fugindo entre os dedos, sem nunca o conseguir agarrar.

Hoje, olho para trás e vejo tão pouco e sinto uma ausência de plenitude, porque nunca empreguei todo o meu esforço e dedicação a cada momento que passei, nunca respeitei o que acontecia, com o respeito que merece cada momento, objecto ou sentimento que poderá não se repetir nunca mais…

Nunca acreditei, num nunca, nunca pensei que o tempo fosse tão eficaz e que não tivesse qualquer contemplação… olhei para os velhotes e nessa imagem via uma distância quase que inalcançável, hoje essa imagem é substituída pelas imagem das crianças que brincam e é hoje que tenho a certeza dessa distância e é hoje que sei em consciência que é inalcançável… porque é tarde demais!

Que o presente traga essa consciência e que no futuro possa agir em pleno, para quando um dia fizer uma introspecção, possa sentir-me bem comigo próprio em relação a minha ultima fase, á fase da consciência. Que qualquer relação seja sinónimo de sorriso!

Que a idade não trave o desejo e o desejo não tenha idade.

Que respeito seja mútuo, entre mim e os que me rodearam…

sábado, novembro 11, 2006

O Massacre das Focas

Andam assassinar as focas…

No Canadá e na Noruega há uma nova forma de fazer turismo: MATAR FOCAS!

Isto é um desporto! Não sei o que dizer…porquê?

Por favor, ajuda-me a fazer algo para que esta maldição pare! São animais inofensivos e em extinção, que não conseguem defender-se…

O massacre é diário… que tipo de desporto é este? Que tipo de turismo?

Que género de pessoas são estas?

Porque matam…Focas inofensivas…

É preciso fazer qualquer coisa urgentemente…

sexta-feira, novembro 10, 2006

Solidão


E esta foto representa a solidão foi tirada na praia do Baleal e não se vê ninguém…nem tão pouco se vê a praia, só a calçada…as barracas despidas e um (só um) globo que aqui representa o elo de ligação entre o objecto e a pessoa, só, em representação da referida solidão. É escura e transmite alguma tristeza, no entanto nem sempre a solidão representa tristeza. Há tantas pessoas solitárias, mesmo que acompanhadas…


A Escrita


Somos aquilo que escrevemos, ou naquilo que escrevemos demonstramos o que somos?

Porque a nossa imagem pode induzir em erro, porque a nossa voz pode desviar a opinião que se forma, mas no que escrevemos existe a obrigação de ser o mais próximo de nós e aqui falo de áreas muito dispersas, mas que complementam o Ser.

Posso ser relevante na escrita de ficção, mas o meu cunho estará algures nessa escrita, posso escrever poesia (no caso é o real) mas o meu mundo ou o meu sonho/desejo será relatado por entre as imagens deixadas em cada frase. Não que me importe o género de escrita, não que me importe o tema escolhido, mas sim a mensagem que saia de dentro de cada um. Deixo aqui esta imagem e este pequeno texto, para que sintam que ambos se completam, quando também poderiam ser opostos…afinal o que é que conta, a mensagem ou o desejo de quem lê?

sexta-feira, outubro 27, 2006

DUELO!!!


Jogo com as palavras

Jogo com os momentos

Jogo no tempo, aos sabores do vento.

Jogo contigo

Jogo com o mundo perdido

Jogo em teoria

Jogo por alegria.

Jogo para ganhar

Jogo para conquistar

Jogo para fugir, ao laço afectivo

Jogo sempre por um motivo.

Jogo pelo jogo

Jogo pelo vício de jogar

Jogo porque existo.

Jogo pelo medo

Jogo pela ausência

Jogo porque é tarde ou cedo.

Jogo.

Jogo porque não quero perder

Jogo por ganância,

Jogo por egoísmo ébrio

Jogo por sedução

Jogo pelo risco exótico

Jogo como o antídoto para a doença

Jogo pela crença.

Jogo com os sentimentos

Jogo com os lamentos

Jogo com as malícias

Jogo até ser gente…

Jogo pelo luto

Jogo pela dor

Jogo astuto, no embustear

Jogo no infinito.

Jogo até acordar

Jogo…até perceber o mito.

Jogo e jogarei…

Até saber que a morte se anunciou!




segunda-feira, outubro 09, 2006

REFLEXO... DO SORRISO!

Quando a água se soltou em cascata, a escova saltou como que estivesse ansiosamente á espera, mergulhando energicamente sem temer a temperatura ameaçadora. Acto contínuo a pasta de dentes esvaiu-se cobrindo todo o topo da escova molhada. Ambos sabiam que aquele episódio intimo se repetia diariamente como que um culto de prazer.

Os dentes, tímidos, observando o desenrolar dos acontecimentos e não se controlando despertaram na sua gruta fechados num sorriso largo como quem vê a luz do dia após tanto tempo de escuridão. Reflexo quase que impensado, pois sabiam naturalmente que aquela dança tribal era em seu próprio louvor e em breves instantes, tudo voltou a acontecer repetidas vezes, em massagens enquadradas de carinho, habilidade e sensibilidade tudo conjugado, como que uma música de fundo justificando uma harmonia simpática.

A pasta ficou mais pobre, em quantidade inferior, a água seguiu o seu caminho para outros horizontes, e os dentes, esses felizardos saíram a rua mais desenvoltos, provocando um sorriso na boca de quem viam.

Sorrisos mais espontâneos e frescos.

O bem-estar começa por algum lado! Que o digam os interpretes desta história.

O espelho da nossa alma será certamente a nossa cara, mas o reflexo de cada sorriso cristalino e puro será certamente o espelho da felicidade que existe dentro de cada um de nós.

Sorri para a vida que a vida também saberá retribuir-te.

Paulo Afonso

segunda-feira, setembro 25, 2006

EXPRESSÃO

A vida

Quem não a compreende

Fala...

Julga-a...

Mas,

Aqueles que a sentem

Sabem a razão

Porque afinal

Ela existe.




domingo, setembro 10, 2006

Vinte e Cinco Minutos de Fantasia

Agradeço o apoio e interesse generalizado de todas as pessoas espalhadas por Portugal Continental na compra do meu livro de poesia:

Distritos de Portugal

Viana do Castelo

1
Castelo de Neia

Braga
0


Vila Real
0


Bragança
0


Porto

3
Porto
Vila Nova de Gaia
Gondomar

Aveiro

1
Ílhavo

Viseu
0


Guarda
0


Coimbra

1
Figueira da Foz

Castelo Banco
0


Leiria

2
Caldas da Rainha
Peniche

Santarém
0


Portalegre
0


Lisboa

10
Lisboa
Portela de Sacavém
Moscavide
Loures
Povoa de Santa Iria
Sintra
Casal de Cambra
Mem Martins
Oeiras
Carcavelos


Setúbal

2
Quinta do Conde
Sesimbra

Évora

1
Évora

Beja

1
Beja

Faro

1
Faro

OBS: O Livro já foi distribuído por 10 Distritos dos 18 de Portugal Continental

ESTRANGEIRO:

Austrália - Estados Unidos da América

NOTA: Os dados são até a data de 19 de Setembro de 2006

terça-feira, setembro 05, 2006

A janela do meu Sentimento!

Olho pela janela e o que vejo?
O mundo que rola sem parar…
Vejo o que a memória tem gravado
Sinto o que a alma palpita
Como um alarme inquieto
Vejo pessoas que passam
Vejo fantasmas que o são
Vejo e sinto…
Que não minto
Vejo o que o olhar trás
Sinto uma dor… coisas más
Tanto que me confunde.

E eu almejo
Que a cortina da minha janela
De seda seja
Para que eu veja
A imagem da Cindrela.

Um beijo
Dessa linda mulher
Acalmava o meu sofrer
Adornava a minha esperança
Seria a minha herança
Talvez fugidia
Mesmo que tardia
Seguraria o meu desespero.
A minha janela é em sitio algum?
Nenhum!
Como espero…
É no epicentro
No meio do teu corpo
Na ponta do teu sopro
É aonde quero!
Absorto!
Os meus olhos lacrimantes
Perdidos no escuro
Longe de um porto seguro
São dois amantes
Prisioneiros da sociedade
Em busca da sapiência
Ou de uma qualquer ciência
Que faça ver a verdade.

E eu não quero este mundo
Quero olhar
Para um qualquer continente
E ver alegrias
Ver a terra e o mar
Ver as tuas noites e os teus dias!


24/07/2006

ETERNO APAIXONADO

A vulgar expressão
Esconde o enigma dos sentimentos
Que o sorriso aproxima
No acto sem noção
Num misto de alegria e estima
Que erguem os sóbrios momentos.
O frio arrefece
O circuito da razão,
Melhora e aquece
O poder da união.
Desejo comunicar
Caminho para amar
Janela aberta, à imaginação.
Fogo cruzado
Hino dos sábios
A ser música, é Fado.
Bela, é a divina relação
Que o olhar pode ver
Sem a felicidade desaparecer.

quarta-feira, agosto 16, 2006

Lançamento do Livro

Estimada/o Amiga/o,

As Edições Ecopy acabaram de publicar o meu livro, Vinte e Cinco Minutos de Fantasia. Este livro está à venda na Livraria Leitura, no Porto, (on-line também em http://www.livrarialeitura.pt) e em breve na Livraria Buchholz, em Lisboa. Poderás também encontra-lo já no Quiosque “Areeiro” (Sr. Miguel) em frente a porta principal da Segurança Social de Lisboa. O livro poderá também ser-me pedido directamente através do E-mail: poesia.afonso@gmail.com ou ao distribuidor/editor através do site www.macalfa.pt/ecopy, o preço do livro é de: 9.95 € e o prazo de entrega em qualquer destes casos é de 24 horas, salvo ruptura de stock.
Poderei pedir-te que me ajudes a resolver uma pequena dificuldade?
Nestas condições e sem grande poder de divulgação, gostaria de saber se conseguirias aceitar a divulgação deste livro junto dos teus conhecimentos, ainda que a tua opinião sobre a capa e nos casos em que seja possível, sobre o conteúdo, seriam muito importantes para mim.
É desnecessário dizer-te que isto não te obriga a coisa alguma e que deixo ao teu livre arbítrio informar os teus conhecimentos ou a dares-me qualquer opinião.
Em qualquer dos casos, crê que apreciarei muitíssimo a tua cooperação. Muito Obrigado.
Inteiramente ao teu dispor.

Paulo Afonso

terça-feira, agosto 01, 2006

A Caminho!



A Caminho...das férias!

Férias!



O Agosto começa, para a maioria das pessoas este é o mês eleito para umas férias merecidas que já ansiavam.
Por mim, não sou diferente, também vou de férias, vou acabar com resto das férias que tenho para gozar. Vou para o meu “paraíso”, para o meu local predilecto de descanso, embora este seja o pior mês para ir a qualquer lado e no Baleal não seja diferente.
É este o melhor período do ano, onde consigo ter praia e assim estar perto do mar que tanto amo, onde nada faço, nada mesmo…
A leitura e o futebol não contam porque é por prazer e tudo o que fazemos por prazer é melhor em qualquer período do ano.
Volto(15 de Agosto de 2006)para lançar meu livro: Vinte e Cinco Minutos de Fantasia, espero que leiam e principalmente, que gostem.
Boas férias para todos!

Até Breve

Paulo Afonso

quarta-feira, julho 19, 2006

Acidente na Ponte do Guadiana







Amigo!
A tua alegria ficará no coração
A tua imagem retida nos meus olhos
A tua disponibilidade no meu baú.
Quero que saibas que foste grande
E que foste um exemplo de coragem.
Vou tentar não derramar uma única lágrima
Porque sei que é um sorriso que queres
Aonde estiveres…
Ouve o meu agradecimento.
Tu! Sabes que ganhamos batalhas em conjunto
Que unidos fomos mais fortes
De mim, para ti
Num silencio cúmplice… de pobreza
Perdi-te e a guerra acabou.
Adeus!



18 de Julho de 2006

terça-feira, julho 11, 2006

Naturezas...

O pensamento em ebulição
Num acto de razão
Que garante a necessidade
De escoar, as palavras
Procuro poder-me expressar.

Na simplicidade do carácter
Desfruto da linguagem
Como essência do espírito
Que nos liga ao eterno
E nos prende as coisas visíveis.

Relação oculta do meu ego.

Quero expor a beleza
Da visão viva e luminosa
Quero! Que queiram,
Sentir toda a linguagem pitoresca.
Sem perder o horizonte
Poder olhar num todo.

É o amor da verdade
Aliada, a função de comunicar
É a cara da emoção
Fermento da natureza.

É a alegria envolta em solidão
Fugindo, repondo a justiça.

Elo de encontro
Momento de comunicação.

Radiosa é a esperança
Que faz sonhar,
Ideal é o tempo
Que nos faz acreditar.


(01-01-2003)

domingo, julho 09, 2006

Mundial 2006

Sábado, 08 de Julho de 2006 – 23h 50m

Portugal perdeu hoje 1-3 com a Alemanha, mas ganhou a admiração dos adeptos do futebol espalhados pelo mundo. Conquistou definitivamente os portugueses, até os mais cépticos, com a excelente campanha efectuada neste mundial com um honroso 4.º lugar conseguido, depois de em 2004 termos sido finalistas do campeonato da Europa.

Recordo que passaram 40 anos para conseguirmos chegar tão longe, embora pessoalmente admita maior significado ao feito concluído hoje, por inúmeras razoes:
- O actual modelo do campeonato do mundo é diferente, mais difícil.
- Temos um maior leque de jogadores de grande capacidade.
- Tivemos na nossa selecção um jogador que já foi considerado o melhor do mundo.
- Temos muitos jogadores a jogar no estrangeiro, que é um reconhecimento.
- Porque agora não poderemos atribuir esta longa caminhada ao acaso.
- E para finalizar, porque os clubes portugueses nos últimos anos têm feito boas provas nas competições europeias de clubes.

Hoje, apesar de tudo é para mim um dia triste, não por termos perdido, porque a derrota aceito-a bem, porque somos grandes também e essencialmente nas derrotas, pois nas vitórias todos sabem ser, mas, por ver partir da selecção dois grandes jogadores:
Luís Figo e Pedro Pauleta, que hoje fizeram a despedida da nossa selecção.

A estes dois grandes campeões, o meu muito obrigado por imensas alegrias que nos deram, creio que eles bem merecem todo o carinho do povo português.

Para terminar, digo-vos, a nossa selecção regressa, todos estamos orgulhosos dela, agora vamos para casa, primeiro comemorar, depois analisar e aprender com os erros cometidos e depois vamos fazer a estrutura crescer em conjunto com a Nação, para então voltarmos para ganhar.
Queremos refazer a história das conquistas!
Vamos acreditar!

terça-feira, julho 04, 2006

Conjurado

Embuste… sai
Foge, corre… para longe
Não esperes mais…vai
Não se torne num Monge.
Ilustre…quanta solenidade
Pela sua companhia
Sereis a minha alegria
E a minha equidade.
Olhos que nos percorrem
Na magia pontificada
Procuram e morrem
Sem saberem nada.

Oh! Quanta amargura
Quanto tormento
Orado em cada momento
Deixais em cárcere segura

Que sociedade ardilosa
Que compostos ilíacos
Estranha vida maliciosa
Em gestos maníacos

Vivo desajustado
Sois o poder
Aquilato ser estimado
Com medo de sofrer
Espelho inflectido
Dia pardo
Ardil assumido
Sois o meu albardo.




04 de Julho de 2006

segunda-feira, julho 03, 2006

Escrevo

Escrever Poesia,
É construir mensagens
É dar liberdade
A alma
É iludir...
É sofrer...
É criar
Mostrar ao mundo
A ausência dos limites
É ficar a espera
De ser lido
É “quase” nunca
Ser compreendido.

20 de Maio de 2002

Blog de Fotografia

http://www.eduardomontepuez.blogspot.com/
Olhares de Éden
Viste-o: Recomendado por Paulo Afonso

domingo, julho 02, 2006

PORTUGAL – INGLATERRA

Sábado 19h40m de 01/07/2006;
Acabou o jogo nas grandes penalidades e o vencedor foi Portugal, que assim chegou as meias-finais. O som que chega da rua é ensurdecedor, entre apitos e buzinadelas, o povo comemora mais uma vitória da nossa selecção, agitando bandeiras de Portugal, tudo está bem quando acaba bem.
Hoje fez-se história nesta data já histórica, porque é hoje o aniversário do meu clube, que comemora o centenário, por isso é definitivamente um dia festivo.
Após uma semana de jogos psicológicos por parte da imprensa inglesa, em que nos baptizavam de “provocadores” para cima, vimos um jogo com fair play em que a excepção foi um menino inglês chamado Rooney que foi tomar banho mais cedo por conduta imprópria. Esqueço imediatamente isso, porque quero relembrar as coisas positivas e estranho a F.I.F.A. considerar o “Homem do Jogo” o médio defensivo inglês Hargreaves, digo eu como forma de compensação por a sua selecção estar de malas aviadas, pois onde houve outros jogadores a fazerem exibições irrepreensíveis e sem qualquer cartão amarelo (o que não aconteceu com Hargreaves) e, onde aconteceu um facto inédito, em campeonatos mundiais: o nosso Ricardo defendeu três penaltis na mesma série de cinco, será que isso não tem valor suficiente?
Será que não é Ricardo, não o “Homem do Jogo” mas sim o herói do jogo?
É óbvio que isso não interessa muito, é óbvio que o que de facto interessa é Portugal ter ganho sem mácula e é obvio que também eu estou muito feliz e orgulhoso por ser português. Para terminar não poderia deixar cair no esquecimento o momento em que o arrepio correu pelo meu corpo todo: Cristiano Ronaldo acabara com o jogo com a transformação da grande penalidade e olhando para o céu de dedo em riste gritava: - É TUA!

quarta-feira, junho 28, 2006

Um Manto de...

Um manto
De coisas fartas
Rompem a minha memória
Estéril
Esgotada e abandonada.
Quem sois? Pergunto-vos
Trazeis loucuras
Embrulhadas em contos
Trazeis daí brochuras.
Um manto
De coisas varias
Estou aqui parado
Vendo séculos partirem
Sentindo a brisa
Do progresso.
Um manto
De histórias esquecidas
Rodeadas de arbustos enormes
Tapadas.
Alucinantes
As vidas que passam
Correm para a morte
Com toda a inocência.
Abandonada,
Um manto de farsas
Contos e histórias
Verdades cruas
Nas noites nuas
Ocorrem
Por aqui, por ali
Um manto
Um santo
Um qualquer, qualquer um
Ocorrem aqui
Por ali
Um manto de coisas varias.

Orquestra da Vida

O violino,
Indica-nos o caminho
A flauta,
Guia-nos devagarinho
O trombone,
Protege-nos claramente
O piano,
Adormece-nos lentamente
O tambor,
Desperta-nos novamente
O violoncelo,
Lembra-nos que somos gente
O harmónio,
Equilibra a nossa vida
E a bateria,
Separa-nos entre o sonho e a realidade
Mas,
O conjunto de todos eles
Trazem-nos a magia…
A felicidade…
A alegria…
A esperança…
E a verdade!

TIMOR LIVRE, NÃO CHORA!

A criança, que foge
Com a sua família
A criança que corre
Sem vigia
Foge e finge que brinca
Brinca com o trauma
E não finge
Até que cai!
E não brinca e não finge
É a mágoa
A dor
O trauma, que sente
E chora.
Não chora!
Não chora!
É o que ouve da sua mãe
A criança
Que já não brinca
Que já não finge
Mas, que se magoa
Que sente a dor
O trauma
Não chora, Não chora
E é apenas uma criança
Que de lágrimas no rosto
Prossegue o seu caminho
Lutando e sofrendo
Vivendo com a dor
E o respeito
Não chora! Não chora!
Porque aquela criança
Já sentiu,
Que no silêncio
Está a sua vida.

Reflexos em Texto

Tenho a vida como a arte mais difícil de executar, viver é de facto uma junção de componentes lúdicas, abstractas, de cores variadas e de actos que se misturam para preencher o vazio que somos.
Começamos de uma pequena forma que ao longo de um percurso do que somos se preenche a medida que cada um tem ou consegue.
Aperfeiçoamos as nossas limitações sem conseguirmos atingir o “objectivo” – A Perfeição.
Todos somos compostos da mesma matéria, sem no entanto deixarmos de ser tão diferentes uns dos outros num fenómeno quase natural.
A essência da nossa razão de ser passa por caminhos aos quais não conseguimos fugir.
Ao morrer, saberemos que pela estrada da vida fomos pequenos, medianos ou enormes, no entanto acabaremos da mesma inquestionável dimensão, pequeninos e vazios como nascemos, apagando assim de uma forma inconsciente tudo o que aprendemos – o vazio que gradualmente fomos preenchendo.
O segredo da nossa vida estará sempre no (nosso) intermédio do que fomos vivendo.

26 de Julho de 2002

terça-feira, junho 27, 2006

Dom Sem Tom

Este meu jeito
De dizer
De Ser
Em que abro o meu peito.

Tanta coisa que tenho feito
Neste sublime sofrer
Ébrio poder…
Que nem sei se é defeito.

Porque nunca minto?
Porque digo sempre o que sinto?
Sem malícia.

Vou tocar-te
Vou magoar-te
Com esta minha carícia.


26 de Junho de 2006

segunda-feira, junho 26, 2006

REALIDADES

Há momentos em que nos sentimos grandes e poderosos, nessas alturas gosto de olhar para o céu numa perspectiva sem limites…isso traz-me de regresso a realidade, pois sinto-me pequenino neste mundo enorme.

25 de Junho de 2006

domingo, junho 25, 2006

O Outro Eu!

Em segredo espero pela noite, sei que ando inserido na sociedade, no entanto é quando ela vem que me liberto e exponho.
Ali sim, sou Eu!

25 de Junho de 2006

ESCRITA

O prazer da escrita é sentir que quando termino a arrumação de um conjunto de palavras, articuladas ou não, é esse o momento que presenteia o meu elo de ligação com a vida, é de satisfação de nostalgia e de esperança, podendo de seguida adormecer com o mesmo encanto e naturalidade de uma criança eternamente feliz.

06 de Janeiro de 2003

Poetas de Sempre

Cinco Grandes Poetas e Cinco exemplos da sua grandiosa Poesia:

Fernando Pessoa – Autopsicografia

José Régio – Cântico Negro

António Gedeão – Pedra Filosofal

Eugénio de Andrade – Adeus

Miguel Torga – Um Poema

Recomendo a sua leitura, diria mesmo de leitura indispensável.

terça-feira, junho 20, 2006

Contabilidade

Contabilizo-me
Que encontro além de números?
Quem sou, se apenas sou mais
Um
Neste marasmo que a sociedade
Nos tornou!
Contabiliza-te
Conta os números que formam o teu corpo
Oito!
Estás perdido.
Nove!
Estás em queda.
Ou seis!
Estás em ascensão.
Cinco!
As voltas que a tua vida já deu.
Três!
És uma pessoa equilibrada.
Ou um!
É o que todos somos
É como nascemos
E é assim que vamos morrer
Afinal,
Toda a nossa vida
Não passa de “um” constante
Exercício de matemática
Ou de uma contabilidade
Apurada e natural
Uns entendem-na
E vencem
Outros, outros não existem.

sexta-feira, junho 16, 2006

Receita da Vida

Pedaços de solidão
Fatias de erros
Misturam-se com pensamentos
Acrescenta-se muita compreensão
E mexe-se devagarinho.
Começa a crescer a consciência
Junta-se um pouco de coragem
E uma grama de ambição
Mexe-se mais um pouquinho
E têm-se a noção preparada.
Salpica-se com laivos de responsabilidade
Acrescenta-se umas gotas de lágrimas
Força de vontade, quanto baste
Toda a verdade do nosso espírito
E temos a realidade.
Em lume brando, aquece o amor
E derrete-se alguma dor
Junta-se meia dose de emoção
Abre-se o coração,
Recheia-se com simplicidade
E muita alegria
Reúne-se tudo no forno da vida
Deixando por algum tempo
Quando pronto, o corpo sente
Depois, prova-se o sabor
Saberá a felicidade
Come-se uma fatia por dia
E o bolo acabará,
Quando a vida acabar.

(28/06/2002)

Dedico-te este poema como prova
da Amizade: Obrigado Leonor

Fotógrafo

Silêncio... Deixem-me ouvir
Deixem-me olhar
Deixem-me, deixem-me fazer
Imagens dos animais a sorrirem
Dos corpos de prazer
Dos gritos do mar.
Quero que compreendam
As sensações que possam sentir.
Imagens... Contínuos actos
Serão sempre imagens, e contínuos actos
Que os vossos olhos querem medir.
Silêncio.... Vossa sabedoria
O mesmo silêncio da mensagem
De qualquer fotografia.
O Homem terá de partir
Talvez, num anonimato esperado
Mas, deixará o seu olhar gravado.


22/08/2002

Tempos de Guerra

Olhos cor de aroma
Num brilho tão intenso
Império de Roma
Tão pequeno e tão imenso!

O brilho da alma, tão evidente
Foge da dor,
Como quem a lamente
Na face do horror!

Queria descobrir,
O sabor desse aroma...fútil
As lágrimas dos teus olhos… a fugirem
Num brilho, á alma útil.

Quem trouxe a guerra
Espalhou a fome, a miséria
Misturou as essências da terra
Fogo! É coisa séria.

Queria acordar!
Cheio de amor e segredos
Por entre ventos e arvoredos
E a ganância do homem, ignorar!

(08/04/2003)

quinta-feira, junho 15, 2006

Novo Livro

Novo Livro em Lançamento de Paulo Afonso:

Vinte e Cinco Minutos de Fantasia

É um livro de poesia inédita de Paulo Afonso

Baleal - A sua natureza

Fotografia a outra paixão da minha vida

REFLEXO DO SER... N.º3

Para todos que comigo lidaram

O meu muito obrigado

Pela paciência que tiveram

Comigo agitado.

Fui-vos fiel e amigo

Por vezes inocente

Fui-vos querido

Por vós, a minha alma efervescente.

REFLEXO DO SER... N.º 2

A mágoa não encontra lugar

Na minha alma

De tudo o vulgar

O meu corpo acalma.

Preenchido de amor

Por todos e a todos dei

A chama ateia a dor.

Não procurem por mim que vos deixei.

REFLEXO DO SER... N.º 1

Seleccionei a pureza da minha alma

Procurei iludir o mal

Na base da compreensão, da calma

Refugiei-me num pedestal.

Oculto, procurando o amor

Para o distribuir

Fugindo da dor.

Dividi-me, para o conseguir.

NOITES ETERNAS

Face a face

Acordávamos

Noites escaldantes

Em que ambos inventávamos

Alongando o tempo.

Sempre juntos

Ninguém mais existia

Ninguém mais vivia

Embarcávamos no amor

Amávamos

Corpo a corpo

Alma a alma

Encharcávamo-nos

De suor

De prazer.

Combatíamos o tempo

Deixando para trás

O resto do mundo.

Eram sóbrios momentos.

NA CASA DE FADOS

Noite...

Expulsa a tensão

Na ânsia de viver

Coberto na escuridão

Sou Pessoa, sou um Ser

Açoite,

Que qualquer solidão

Empurra o meu corpo

Na curva do momento em vão

Não sei,

Quantos pensamentos

Me ocorrem

Se são lamentos

Que aqui morrem...

Deixo aqui, a minha paga

Num escrito sem fundamentos

Da minha vida vaga

Que as palavras não mentem.

Desculpem,

Ao ouvir o Fado

Estou ciente

Aqui ao meu lado

Há em cada cliente

Um culpado.

EMOÇÃO II

No acto

Do momento reflectido

Existe o facto

Escondido,

Que cobre qualquer expressão.

Existe!...

No momento irreflectido

O facto do acto

Perdido,

Que se descobre naturalmente

Na parceria da razão.

No silêncio cúmplice

Que as palavras, por vezes, combatem

Ergue-se um misto da solidão/razão

Então,

As palavras não têm voz

A voz não tem corpo

Porque o sentimento

Apodera-se de nós

E o acto,

Fica livre

E o facto,

Fica exposto

E a expressão,

Fica patente

E todos estamos perdidos

Porque não dominamos...

Tanta emoção.


Eduardo Montepuez

Lisboa, 16 de Abril de 2002

(Publicado em Maio de 2002)

Procurei Para Encontrar

Só! Caminhava
Pela noite fria...

Como se fosse a primeira vez
Na desoberta de cada espaço
Numa escuridão camuflada
Cercada de um silêncio cúmplice
Caminhava,
Deixando para trás
Ruas, travessas e pracetas
Como quem deixa um passado
Sem noção do tempo.

Caminhava...

Reflectindo
Numa retrospectiva da vida
Analisando os diferentes momentos
Que compõem o destino

Pela noite fria...

Fumando um belo charuto
Exercia o direito de ser feliz
De sentir-me a mim próprio
Longe de tudo, longe de nada

Só!

Caminhava pela noite
Que de fria
Tinha apenas a tua ausência
Era essa descoberta...
Só! Caminhava pela noite fria...


Eduardo Montepuez


Lisboa, 20 de Abril de 2002


(Publicado em Maio de 2002)

QUERO!...

Entender é...
O fumo branco da chaminé
Desenhado no espaço circunscrito

Eliminando os que quero
Os
As
Todos.



Eduardo Montepuez
(Publicado em Maio de 2002)

Há Coisas!

À Elmano de Souto


Há coisas
Que o vento não consegue levar
Há coisas,
Que a escuridão não consegue esconder
Há... sem explicação
Que (quase) ninguém pode prever
Coisas, talvez sem razão
Que aparecem no ar
Sem ninguém as ver
Há coisas,
Que estão a acontecer
Em que é preciso meditar
Responder...
Há e são coisas
Que o mundo não consegue acabar.

E nós,
Nós vivemos nesse mundo
Do lado bom dessas coisas!!!

______

Peniche, 23 de Setembro de 1999


(Publicado em Novembro de 2001)

Sociedade Feminina

O céu é todo teu
Podes voar, livremente
Se queres ser ave.
O mar é só teu
Podes nadar, apaixonadamente
Se queres ser peixe.
A vida é toda tua, porque existes
Mas tens que ser inteligente
Se queres ser pessoa.

Mas, se voares não podes
Nadar não queres
E inteligente não és
Então...
Bem então,
Serás sempre e apenas
Mais uma... mulher.

(Publicado em Maio de 2001)

Espaço de Divulgação da Poesia

Espaço de Divulgação da Poesia de Paulo Afonso
Onde pode criar, comentar, recomendar e enviar as suas mensagens.

Errado É Não Entender

Tudo na vida é questionável
Tudo mas, o mesmo é em vão
Se desaproveitado... apreendemos
Com os erros que cometemos e então...
Poderemos apreender com os erros que os outros
Cometem. Errado é não entender,
Fugir das verdades, escondendo realidades
Construir castelos moribundos como forma
De protecção do medo e do nada, ter que
Sem saber o porquê, sem necessidade de ser assim.
Duvidar é normal se não temos confiança,
Na nossa pessoa, se precisarmos de esclarecimentos.
Errado é não entender, como chegamos a onde estamos
E não encontrarmos uma saída dum labirinto gigante
Feito pelas nossas próprias mãos.
Na vida tudo é fútil
Se não tivermos tenuidade
Com o que nos rodeia.
Errado é não entender
Um passado sofrido, de conquista
De lágrimas e alegrias.
Errado é não entender
O que "não" se quer entender.

Eduardo Montepuez

(Publicado em Maio de 2002)

O Partido do Sonho

O Partido do Sonho


O mundo inteiro
Observa sereno
Sou do partido do sonho
Que transforma o nevoeiro
Na visão do pleno.
Sou do mundo emergente
Onde todos decidem o destino
Sou do partido do sonho
Onde há boa gente
Gente com um hino
A construir o futuro
Gente de trabalho duro.
Sou do partido do sonho
Mas, se querem vencer-me
Têm que comprar-me
Não vos pertenço acordado,
Não transformo-me nem desfaço-me
A procura de vencer,
Dentro de ideais egrégios
E dentro da sociedade coibida
Sou do partido do sonho
Até acordar.


(Publicado em Maio de 2001)

(Dedico-o ao meu Pai)

CIDADE

Cidade

O que sinto por Lisboa
É tão somente gratidão
Por todos tipos de vida, é vida boa
Envolver-me, poder ser, na multidão.

O contentamento que os meus olhos querem
São alimento...
Para todos verem
Para todos terem
São alento...

Espíritos vagueando
A sofrerem

Esta Lisboa, os vai aguentando.


(Publicado em Maio de 2001)