Só! Caminhava
Pela noite fria...
Como se fosse a primeira vez
Na desoberta de cada espaço
Numa escuridão camuflada
Cercada de um silêncio cúmplice
Caminhava,
Deixando para trás
Ruas, travessas e pracetas
Como quem deixa um passado
Sem noção do tempo.
Caminhava...
Reflectindo
Numa retrospectiva da vida
Analisando os diferentes momentos
Que compõem o destino
Pela noite fria...
Fumando um belo charuto
Exercia o direito de ser feliz
De sentir-me a mim próprio
Longe de tudo, longe de nada
Só!
Caminhava pela noite
Que de fria
Tinha apenas a tua ausência
Era essa descoberta...
Só! Caminhava pela noite fria...
Eduardo Montepuez
Lisboa, 20 de Abril de 2002
(Publicado em Maio de 2002)
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