domingo, setembro 30, 2007

29/09/2007 – Amadora




29/09/2007 – Amadora

Almoço, Tertúlia de Poesia e Lançamento do Livro da Manuela

As Poetisas:

Cleo, Mel, Manuela, Rosa, Tália e Vera

Os Poetas:

Sailing, Paulo, D. Dinis

Um dia inesquecível com este pessoal de 5 estrelas

Resta-me… o tempo!

Ficaram tantas palavras
por dizer…
tantos gestos
por fazer…
agora que o tempo foge
agora que a distancia aumenta
o meu sorriso
esbate neste espaço circunscrito…

Já sabia,
que o tempo nos fugia
e que a tertúlia
um fim teria…

Resta-me um rio
onde posso mergulhar
no mundo do silêncio
resta-me a chuva
como uma lágrima
de quem chora…
resta-me a ponte
que nos separa
e nos junta.

Resta-me…
a palavra com que luto
e me defendo
restam-me…
as madrugadas
com que me invento
renovado,
na esperança
na ilusão
de ler
de escrever
as palavras que moldam
o meu
o teu
e o querer de alguém
instalado no coração
do tempo…

Já sabia,
que o tempo nos fugia…

sábado, setembro 29, 2007

Sem Uma Despedida…

Tenho cinco minutos do tempo que resta, tenho uma caneta em que a tinta lhe falha e falta-me a força, ainda assim, num último fôlego tenho uma voz rouca que procura por ti…em vão!
Ainda me faltam tantas palavras em tantas melodias para cantar ao teu ouvido, num cúmplice segredo…
E tu? Que sempre desejaste esse momento, sem nunca o pedires, sem que os teus olhos escondessem esse desejo em que um dia neles o li… e nunca tive a coragem de assumir essa interpretação como a correcta, como a real…
Agora é tarde demais… porque te perdi! Agora é tarde demais, essencialmente porque me perdi…
Nem o tempo soube gerir, para oferecer a minha despedida!

quarta-feira, setembro 26, 2007

Descanso Na Tua Poesia

Deitei-me
sobre um poema teu.
Senti as palavras de amor
no meu corpo nu.
Cobri-me...
Com uma manta feita
de versos teus… retalhados.

Senti o frio…dos soalhos.
Aqueci-me naquela frase eleita.
Cobri-me…
de rosas azuis
decorando o meu imaginário
sentindo todo o esplendor.

Um poema,
entre muitos da tua poesia
adormeceu-me em magia…

Cobri-me…
E descansei na tua poesia…


Tália & PauloAfonso

segunda-feira, setembro 24, 2007

Poema

Se um dia encontrar um Poeta hei-de perguntar-lhe porque afinal os Poetas existem…
Arrisco-me a ouvir como resposta uma simples frase; - “Existimos para lembrar o mundo imperfeito que existe o outro lado...”
Se isso acontecer, vou ficar a pensar em que parte desse mundo ele se referirá…

Poema…

Solta letra a letra
esgrimindo o seu sofrer
gritará a sua dor
em cada frase estendida…

num mundo de letras
como armas de uma guerra perdida
resta-lhe um olhar de amor
e o sonho do seu querer…

ouve o silêncio na multidão
vê a magia de um nada
sente… o intimo de um pouco
e, ama cada momento sem esperar…

veste a batina da inocência
da ilusão…
viaja entre a parede e a espada
habitante escondido… louco
a querer tudo mudar.

Vê a flor no céu
escreve o poema no mar
levanta o véu
de um paraíso a acabar…

sábado, setembro 22, 2007

Frases e Pensamentos de Paulo Afonso

Amizade!

É o bem mais precioso que conseguimos conquistar…

(nunca me perdoarei pelas poucas que perdi…)

sexta-feira, setembro 21, 2007

A Noite Em Que Te Perdi…

Entro em casa e procuro por ti… onde estás? Não encontro nenhum passo teu, nem tão pouco a esperança do teu perfume entre o quarto das noites mágicas e a sala das longas conversas… nada, não há vestígio da tua recente passagem.
Atrofio! Um milhão de cenas passeiam pela minha cabeça desprotegida, imagino os piores cenários e desespero um pouco mais… uma lágrima escapa.
Fico estático como uma tela de cinema e o filme passa lentamente, recordando passagens de uma vida á dois.
Penso no tanto que tinha para dar e que por uma ou outra razão ou por falta dela não te dei, penso nas oportunidades perdidas, desperdiçadas por mim, em que podia dizer-te uma palavra de incentivo, de elogio, uma apenas que fosse no momento certo… e outra lágrima cai.
Tento recompor-me e na minha cabeça a consciência grita-me, é tarde demais!
Paro no presente para enquadrar-me com a realidade presente e isso destrói-me por dentro, imagino o futuro próximo e isso não me acalma… a tua ausência mostra-me todo o valor que na tua presença nunca reconheci…
Um beijo de bom dia traz-me á realidade, tem ainda o dom de me afastar desse pesadelo e dessa noite mal dormida. Acordo alegre e feliz, tão feliz que estranhas… podes perguntar as vezes que quiseres que nunca vou contar-te que nessa noite te perdi, nunca vou contar como me senti, apenas justifico essa felicidade por estar tão perto de ti!
Bom dia para ti também!

quarta-feira, setembro 19, 2007

Tu!...Vida

Vida…

Queria usar as palavras
…apenas algumas
e nem sei o significado delas…
queria enviar uma mensagem
com frases feitas por mim
e nem as sei eleger
queria tanta coisa…
que me levariam a tanto lado
e acabaria em ti!

Só vês o meu rosto
e os meus olhos brilham
sinto-te…
e o meu sorriso fica gigante
fazendo o meu coração
bater descompassadamente…

Usaria as palavras,
se soubesse dizer-te
se,
as palavras…
falassem por mim!

Gosto de ti!

terça-feira, setembro 18, 2007

Vento Renovador

Hoje
subi ao cimo de um monte
e esperei que o vento
levasse todos os meus sentimentos
Logrei o alto do meu Ser
abrindo um baú desprotegido
gritei-te vento – renovador
dei-te o meu consentimento
leva toda a minha dor
leva todo o meu sentido
leva todo o meu tormento.
O vento
deixou-me assim
de alma vazia de tudo
… e eu já não sou quem conheceste…
Transformei-me em fonte
de lucidez empolgante
num crescimento sustentado
de avaros defeitos
e imensos sorrisos.
Enchendo a alma
com o aroma das flores
com as cores do arco-íris
com a embriaguez de vinho generoso
com os suspiros dos amores.
Bebi a paixão pela raiz
usurpei á solidão
o direito que me ergue
sou novamente feliz!





Tália e PauloAfonso – 27/08/2007

segunda-feira, setembro 17, 2007

Palhaço Perdido…









Sou a vitima
de mim mesmo
das minhas acções
das minhas palavras…
sou eu… o que sofre
por fazer ou ter
as acções mais infundadas
por escrever ou dizer
as palavras inacabadas…

Sofro e choro em silêncio!

Sou um construtor em grande escala
de um mundo que não existe
sou um sonhador em erosão
dos momentos impossíveis
sou a pessoa
que se veste de culpa
e se despe da realidade
sou o monstro mentira
sou o palhaço verdade
sou a ira
sou a lágrima
sou o sorriso
sou o destino perdido…
que nunca será encontrado!

Vivo e morro tão solitário!

Vitima da sociedade
prisioneiro dos sentimentos
sou o que não pareço
um sentido
uma emoção
sou a ilusão
um palhaço perdido
sou a luz
do meu coração…

Sou o palhaço solitário que vive perdido…
Escondido…

sábado, setembro 15, 2007

A Minha Sorte!

Subi a montanha numa escala sofrida para chegar ao cume e ver o pôr-do-sol, mas ele não esperou por mim…cheguei em plena noite de luar, observei serenamente o luar, reuni todas as forças, ergui-me, prometi compensar-me esperando pelo nascer do sol, esperei tão cansado que adormeci.
Acordei em pleno dia de sol… e não o vi nascer!
Que podes pensar de mim? Não sei… apenas sei que tudo tentei e que voltarei a tentar, sei que um dia acontecerá, talvez quando menos esperar e talvez até esteja em boa companhia, sei que ainda assim sou um homem de sorte com muitos motivos para sorrir:
Escalei a montanha até ao fim, dormi como um anjo, recebi um dia de sol e ainda te tenho a ti para leres os que escrevi.
Sou um homem de muita sorte!
Porque aprendi a apreciar alguns grandes momentos que acontecem na minha vida sem exigir o alcance de todos…

sexta-feira, setembro 14, 2007

Canção de Amor




Em segredo,
canto só para ti
escondendo a minha timidez
embrulhando-a nesta trémula voz
apenas sou destemido
quando escrevo…
aquela nossa canção de amor
em que possa escolher a palavras
que quero dizer-te…
que quero que oiças…
elas surgem devagarinho
com as ondas desse mar
gigante…como o meu amor!

Canto em segredo
onde te chamo
sol do meu olhar
onde em silêncio te amo
e desfruto esse meu desejar…

Escondo a canção
sem fim…
guardo-a no coração
bem dentro de mim…

quinta-feira, setembro 13, 2007

A Porta do Rio!


No ímpeto do rio descontrolo-me e afundo. Entro num outro mundo, de silêncio, de acalmia que tanto seduz, pela magia do inesperado…
O corpo molhado não pede calor, limita-se a deslizar pela corrente sem fim. Os olhos, bem abertos, apreciam a vida que os outros seres têm.
Braços e pernas não exercem qualquer movimento, nem de luta, nem de fuga. Inertes deixam-se ir…
Um dia voltarei ao paraíso para acabar o sonho do meu desejo. Para concluir as pequenas coisas que deixei inacabadas e para poder amar a vida que inconscientemente deixei fugir sem um pleno desfrutar.
Passei a porta que nos divide e assim separa, encontro-me do outro lado onde tudo é novidade. Não consegui iludir esse destino tragicamente marcado.
Por ora, limito-me a assumir que tragicamente morri…

quarta-feira, setembro 12, 2007

Uno





Alma…
Que desperta a sua sede
e se solta do seu refúgio
para beber da nascente do meu Ser!

Encerra os sentidos
em cada gole cristalino
saciando…
os desejos de ambos!

Tu!
e… Eu!

Juntos até ao limite do Universo.

segunda-feira, setembro 10, 2007

Um tal…Dia!

O dia acordou triste e chorou, as suas lágrimas molharam os transeuntes do mundo que fugiram para um abrigo próximo só com a preocupação de se protegerem.
Ninguém questionou, porque o dia acordou triste e chorou…
O dia solitário conseguiu erguer um pequeno sorriso e abrilhantou a vida dos transeuntes que depressa saíram dos seus abrigos com mais energia e alegria.
E ninguém agradeceu aquele bonito sorriso…
O dia morreu!
Enchendo de luto o mundo e ninguém percebeu que o dia tinha dado tanto sem pedir um pouco…
Ainda assim, o dia renasceu com mais força, voltou a morrer… a renascer e a morrer sem que ninguém desse conta…

domingo, setembro 09, 2007

Virtual

O silêncio ensurdecedor
do teu corpo…
ágil que voa quando por mim passa

(ilusão visual do meu imaginário)

O olhar inocente
do teu rosto…
abstracto, lúdico e repentino

(desejo do meu sonho)

O gesto melancólico
da tua alma…
denúncia do teu querer

(duvida da minha realidade)

Os cabelos que voam
sem que o vento os procurem

(inconsciente…meu?)

O sorriso escondido
submisso ou perdido

(ânsia da procura)

O flagelo…de estares só
mais só do que possas gritar…

(fronteira da realidade)

São as grades do teu imaginário!

sábado, setembro 08, 2007

Brinde









Um cálice…
Que abarca o licor
ergue-se num ápice
que entorna a dor…

Um gesto… que se liberta
que eleva a emoção
é o momento que desperta
e chama a sua razão.

Alteio o meu ego
em rota de reverência
é no cálice em que pego
que bebo a tua essência…

Num gesto eloquente
bebemos em alegria
um trago mais quente
num especial…dia!

Bebemos…a magia
com a nossa gente…

Brindamos á Poesia!

quinta-feira, setembro 06, 2007

Luciano Pavarotti


A voz era o seu poder e o seu encontro com o mundo. Mas no corpo possante escondia o seu maior talento, um coração generoso que preenchia a razão de existir. Recordaremos o talento sem esquecermos a grandeza do Ser!
Todos agradecemos a nobre passagem por esta Terra, chamada Vida!
Adeus Amigo…

BAÚ

Com nostalgia
E olhos molhados
Recordo os tempos de felicidade.
Tempos...sem qualquer preocupação
Que quando olhava para o mundo adulto
E faltava-me a sua compreensão
Era o querer esticar os dias
Porque a brincadeira
Nunca devia acabar
Era o aproveitar cada minuto
Esbanjando todos os segundos.
Hoje, são as saudades que apertam
É a impotência de voltar
Ao tempo, que gostava.
É aprisionar,
A criança que vive dentro de mim
É a luta constante, em vigia-la
Queria ser uma criança grande
Soltar-me de dentro do adulto
E brincar todo o tempo
Mas, apenas posso compreender
A palavra nostalgia
E o seu efeito
Esconder os olhos molhados
E dar algumas fugidas
Ao baú da minha memória
Que se chama, Infância.


Lisboa, 02 de Julho de 2002

In “Vinte e Cinco Minutos de Fantasia” Paulo Afonso

terça-feira, setembro 04, 2007

Dança


Desnudei
o peito faminto
conquistei nova vontade de sorrir
e deixei-me cair nesse soalho brilhante…
Bamboleei o corpo
em movimentos esguios
e perfeitos!
Imaginei…
Escrevi…
Interpretei…
a coreografia do sentimento
numa dança envolvente.

A melodia acústica
e melosa
deixou vaguear o meu desejo
alojando-me
no mundo do poder
e eu amei…

Desnudei
as personagens do meu Ser
que tantas vestes albergavam
e fiquei só…

Desnudado dancei!

segunda-feira, setembro 03, 2007

Frases e Pensamentos de Paulo Afonso

Saber...Acreditar!


Quanto mais corro na busca do objectivo, mais aumento a distância, porque a minha corrida desmesurada provoca sempre mais uma queda…

domingo, setembro 02, 2007

Frases e Pensamentos de Paulo Afonso

SER

Escrevo…para libertar as personagens que não consigo Ser

sábado, setembro 01, 2007

Iraque Em Guerra!

Inferno que ilude
Recebe e dá… a dor
Amanhecer cor de fogo
Querer… sem amor
Uma criança que foge
E brinca de soldado…

Embalados em miras
Miras em movimento

Gente que morre
Um vento sofrido
Ecos de almas a partirem
Rostos de pânico
Rituais de um mundo perdido
Amor atingido… que morre!