terça-feira, julho 31, 2007

ABSTRACTO

Não me perguntem

Untem-me

Com mentiras

Não sou a razão

Perdão

Existo as escondidas.

Sou um estranho poderoso

Mentiroso

Marginal dos fatais

Envolvo-me com a ilusão

Adesão

Correspondente aos insensíveis

Desprezados por todos

Loucos

Aqueles que me olham

Com olhos misericordiosos

Odiosos

Esses mesmos

Não esperem por mim

Eu não vos pertenço

Tenso

Fico aonde estou.

segunda-feira, julho 30, 2007

O Mundo dos Sons


Procuro acordar…

Do sonho por acontecer
Do desejo por realizar
Da viagem… que um dia há-de fugir

E oiço vozes…

Procuro…

Um dia por viver
Um deserto ou um mar
Um sorriso que me faça sorrir

E oiço vozes….

Procuro imaginar…

Como tu podes ser
Como o meu caminho pode se cruzar
com o pouco do meu nada

E oiço vozes….

Sinto… que te aproximas do meu corpo
Oiço… as palavras de sedução
que se envolvem em teu redor
Cheiro… o aroma do feitiço

Procuro-me… perdido!

Ando pela rua… meio torto
Á procura da solução
Fugindo ao medo e á dor

Cheiro… o suor dos transeuntes
Oiço… os gemidos dos lamentos
Sinto… a piedade do amigo
que casualmente encontro na rua

Procuro…
E oiço vozes….

Que o meu rosto não consegue ver…

domingo, julho 29, 2007

Mudaste! ?...

Sou hoje o que não fui no passado e o que nunca serei no futuro, porque sou o momento.
E o momento nunca se repete…

Frases e Pensamentos de Paulo Afonso

Alimento!

As pessoas comem em demasia porque sentem falta do alimento emocional, assim compensam essa importante parte e com o excesso escondem essa subtil carência.
Depois existem os outros (como eu) que comem apenas por puro prazer!

sábado, julho 28, 2007

A Morte Veio Buscar-me…

Na escuridão da noite vieste-me visitar… para me levares!
Morte vestida de fantasma, vestida de um negrume surpresa que tocou no meu rosto e acordou o meu sonho de paz… sem tão-pouco te importares, sem tão-pouco saberes que iria tentar fugir-te!
Vesti a minha fuga de um verde pálido recheado de aroma de esperança e escondi-me apressadamente num beco da solidão do momento, trazendo apenas o amor representado na pessoa e na vida… era tudo o que tinha e mais o pânico de partir assim sem me despedir!
Não sei se consegui iludir-te ou se tiveste pena de mim, porque ainda não foi nesta longa noite que me levaste… não sei se passaste por mim só para me assustares deixando um expressivo aviso, que relembra a verdade imutável em que um dia vai ter que acontecer, que vou ter que ir contigo…
Pouco sei de ti… mas já percebi que vestes mil caras e andas por aí!

Um dia, alguém dirá que a morte veio buscar-me… porque morri e alguns vão chorar, outros vão recordar os momentos que aconteceram e eu estarei algures ou em lugar nenhum a sorrir de saudade porque deixei tudo por aqui e porque deixei quase tudo de mim em cada dia que vivi!

sexta-feira, julho 27, 2007

Frases e Pensamentos de Paulo Afonso



Na adversidade encontro a força para sorrir aos que me perseguem e tentam derrubar-me…

quinta-feira, julho 26, 2007

Outro Caminho...



No teu silêncio
entro e rasgo-o...
procuro-te vida,
procuro-te nome,
para salvar-te.
Trago-te nozes
e vinho...
para comemorar contigo
a ausência da tristeza
e ajudar-te a percorrer
outro caminho...


(Colecção: Quase uma segunda parte... IV)

Este poema foi feito (23/07/07) após leitura do poema de Vera Silva "Resta-me o silêncio"

Publicado em: http://www.luso-poemas.net/

quarta-feira, julho 25, 2007

Gentes!








Gentes!


O sol…
Que brilha em cada mente!

O desejo…
Que se apodera da gente!

O
A
Que nasce em cada ventre…

terça-feira, julho 24, 2007

Corpo...

O meu corpo sofre, tem angustias de solidão e quimeras de ausência… o meu corpo chama por o amor e pede para sorrir.
É apenas mais um corpo que busca o que precisa, que anda perdido, que é uma fonte de essência sem o ser…
O meu corpo chora, não de tristeza nem tão pouco de amargura, chora de loucura por não conseguir fugir aos reflexos do tempo e as mazelas da sociedade.
O meu corpo é a imagem de tantos corpos, é a prisão do meu poder e da minha ilusão!
Quando o meu corpo morrer, queimem a minha alma se a encontrarem…

segunda-feira, julho 23, 2007

Ontem Esperei Por Ti!

Ontem quando se fez noite eu esperei por ti! Tinha a esperança que irias procurar-me, que loucura…
Creio que fui invadida pelo desejo de fazer amor contigo, porque foi isso que o meu corpo desejou. Com o silêncio da noite o meu corpo sentiu solidão e os meus pensamentos vaguearam, dei por mim no meio da cama a desejar-te… toquei nos meus seios para sentir-me mais mulher, toquei nos meus lábios para fingir a tua presença (preenchida com a tua ausência como sempre) e senti-me desejada. Um sentimento crescente talvez sem sentido, que fez perder o controle da situação e confundir-me entre a realidade e o sonho, entre a vida e ficção… entre tudo e o nada, mas, que agora não importa.
Ontem á noite fiz amor contigo e foi tão bom é essa a recordação que guardo…
Não sei quando voltas ou se alguma vez voltas ao meu quarto, no entanto tenho a garantia que quando o meu corpo te chamar, tu estarás lá para mim, para me brindares…
Guardo-te e exponho-te quando o meu corpo pedir….

domingo, julho 22, 2007

Noite Perpétua!





Um olhar!
Um misterioso olhar vazio em busca de aventura desenhava um quadro de sedução, a tua voz trémula de emoção intimidava-se de inocência e sussurrava-me palavras de solidão.
Dois corpos, sós, interagiam numa ligação ancestral provocando fissuras de desejo e ampliando sondas de liberdade. Tamanha proximidade oferecia-nos laivos de prazer mútuo acrescidos de um aroma fugidio de for de laranjeira que recebia de ti, da tua pele macia salpicada de arrepios clamorosos…
Éramos dois cúmplices cheios de desejo, perdidos na imensidão de areia daquela praia deserta.
A lua iluminava-nos e uma voz de maresia cantava só para nós. Era a música do amor… Era a nossa música! Trocávamos argumentos gestuais e dançávamos num ritmo lento e suave sem fim… era a nossa noite perpétua!



Peniche, 12 de Julho de 2007

sábado, julho 21, 2007

Luso-poemas





Luso – Poemas


Se eu…
Fosse um barco
Tu! Serias o meu porto de abrigo
Se eu…
Fosse um carro
Tu! Serias a minha estrada
Se eu…
Fosse um espelho
Tu! Serias a minha cara reflectida.

O meu espaço lúdico
O meu coração público.

Se eu…
Fosse alegria
Tu! Serias o meu sorriso
Se eu…
Fosse poesia
Tu! Serias o meu paraíso.

Espaço único!

Se eu…
Fosse poeta
Tu! Serias o meu universo
A minha casa aberta.

Se eu…
Fosse uma panóplia de temas
A vida seria assim:
O meu nome seria Luso – poemas
E o teu melhor poema…
Estaria sempre dentro de mim!

sexta-feira, julho 20, 2007

Frases e Pensamentos de Paulo Afonso

Escrever é fazer história... os escritores desconhecidos escrevem a sua história, enquanto os conhecidos escrevem uma página da história da literatura, ambos divulgam a sua própria história de vida!

quarta-feira, julho 18, 2007

Frases e Pensamentos de Paulo Afonso

Serei sempre alegre e feliz, enquanto existir fundamento para acreditar na palavra AMIZADE.

terça-feira, julho 17, 2007

Frases e Pensamentos de Paulo Afonso

Escrever é uma necessidade que dá imenso prazer, não é tanto como o sexo mas muito mais como fazer amor...

quinta-feira, julho 12, 2007

As Palavras




Amo cada palavra que exponho e ali me despeço dela com sentimento, como se não tivesse retorno... como se não voltasse a estar com essa palavra, numa despedida emocionada!

Paulo Afonso

O Grito (da Noite)!



Neste cantinho (http://www.luso-poemas.net/) do mundo e dos Poetas, li o poema “Noite” e quis responder com uma segunda parte com “O Grito” e eis que a poesia não parou, porque apareceu uma terceira parte e a seguir uma quarta parte:
Coloco aqui, porque quero homenagear os meus Amigos Poetas e a poesia em geral, que é pouco lida pela sociedade actual…


(A 1.ª parte… por jojo no http://www.luso-poemas.net/)

Noite

Sinto a alma tão pesada
Nesta noite só penso em ti
Sei que nunca pensas em mim
Neste grito afogado
Neste murmúrio
Eu penso como o meu sonho era bonito
O monstro da realidade não perdoa
Os sonhos têm de morrer
Mas algures entre a realidade e o nada
Tu fostes meu, como eu sempre fui tua
Algures neste sonho mágico
Tu acaricias a minha face e as minhas lágrimas não são de tristeza
São de toda a felicidade que fazes sonhar em mim
Um sonho que eu peço, mas ainda não encontrei o seu fim.

Perdoa-me por ainda te chamar
No silêncio da noite...


O Grito - por Paulo Afonso

(Este poema foi feito (em10/07/07) após leitura do poema de jojo, “Noite”.)


A alma fugiu
Pela noite adentro…
Foi ver-te ao paraíso
Consolar esse murmúrio molhado
Partilhar o mesmo sonho…
A noite sorriu
O rio correu
A ponte dançou
E as estrelas cantaram!
Entre carícias perdidas…
E a felicidade adiada,
O sonho ruiu!

O teu grito,
Dissolve na escuridão…



(Colecção: Quase uma segunda parte... III)


Publicado em: http://www.luso-poemas.net/


(A 3.ª parte… por JOSETORRES no http://www.luso-poemas.net/)

RE: O Grito


Ouvi o teu grito
vim à procura da noite
que era tua e da jojo
e que ninguém dissolve

Na ponte dancei aflito
e ouvi os lobos no fôjo,
quase me perdi também
e isso ninguém resolve…

de mãos dadas no poema
fizeram a noite clara
o Paulo deu a cara
a jojo deu dada o tema

Entrei eu aqui bocage
para vos dizer:
Não entrar neste duo
seria "domage"...


(A 4.ª parte… por CLEO no http://www.luso-poemas.net/)

RE: O Grito


A alma do poeta
Encantou-se pela escrita
A dela...
E recrutou o bico da sua caneta
Que obrigou a correr desalmadamente
No papel...
Dançando os três a noite toda
O poeta
A caneta
E o papel
Abrindo a porta ao sonho
Que se encantou pelo poeta
E na dança também entrou
Fazendo do encanto...
O sonho do poeta!



Aos meus Amigos da Poesia agradeço a amizade, a contribuição e os vossos comentários, aqui e no nosso espaço comum, que é a Luso-poemas.

Obrigado por existirem!

Beijos e Abraços

quarta-feira, julho 11, 2007

Viagem a Dois...

















Viagem (de Sonho)



A noite começa sem ti…
É pintada de preto – tristeza
Trás máculas de sofrimento
E augúrios de leveza

Espero! Vou contigo
Num sonho antigo
Vou nesta viagem
Feita de maresia e coragem
Viagem de sonho
Enredo que proponho.

Noite de lua cheia
De luz e serenidade
Hoje vens de boleia
Para esta cidade.
Noite mistério
Vestida de verde
Num gesto sério
Embarca no meu bote.
Viagem pintada
Romântica surpresa
Magia ou sorte
É para a minha alteza
És o meu corpo…
O meu momento
És a minha razão
O meu coração…


E no escuro da noite, como dois cúmplices em segredo demos as mãos e corremos, corremos em direcção à felicidade como aventureiros do destino, a lua nossa madrinha, guardará o segredo da nossa viagem de sonho até ao nosso regresso. Se algum dia voltarmos…

terça-feira, julho 10, 2007

Introspecção Poética





É tempo de acabar,
só assim se pode recomeçar,
um ciclo,
um futuro.
É tempo de dar... tempo de deixar os sobressaltos
de momentos enrugados e plácidos...
Hoje acreditei no que sei,
senti a força interior que transmite esplendor,
é a paz que se aproxima, não sei se acabou...
não sei se começou... nada sei, a não ser que estou feliz.
(Sinto que mais felicidade se aproxima).
Acredito,
medito na acção reflexa
que o meu peito exorta
na mudança do horizonte
que os olhos não aconchegam
mas, que o espirito bebe.

segunda-feira, julho 09, 2007

Prenda!

Podes ser o que quiseres
Se quiseres…
Podes acreditar
Se quiseres… acreditar!
Se quiseres… acreditar!


Vinte anos depois
O mundo saberá quem sois
E o teu ego de flor
Não terá dor

Serás sempre uma musa!

Olhos expressivos
Voz de poetisa
Sentimentos vivos
E a alma perfeita.
E a alma perfeita.


Mulher!
Dá tudo o que poderes
Maravilhoso Ser
Hoje! És a eleita!

09/07/2007

sexta-feira, julho 06, 2007

Olhar Poético!



Olho para o mar…
Num olhar longínquo
Em que sinto a força
Do imaginar
Do querer…
Olho para o sol…
Num olhar tentador
Que me faz gritar
Num silêncio sublime…
Olho para as árvores…
Num cúmplice olhar
E sinto a serenidade
Sinto que me olham
Num espaço azul.

Olho para as andorinhas
Num olhar terno
E sinto alegria

Olho para ti, Mulher
Num olhar aberto
E sinto amor…

Porque sinto a vida
Em cada olhar!

quinta-feira, julho 05, 2007

Impulsos…




Impulsos…


Sim! Eu sei…
Como é esse pranto…

Conheço os que já amaram
Aqueles que tudo arriscaram…

Sei onde essa mágoa mora
E o teu lamento…

Chora!

Diz que amas
As labaredas que te devoram…




(Colecção: Quase uma segunda parte... II)

Este poema foi feito (04/07/07) após leitura do poema de Cleo "as labaredas que me devoram"

Publicado em: http://www.luso-poemas.net/

quarta-feira, julho 04, 2007

Vinte e Cinco Minutos de Fantasia




O LIVRO... O MEU QUERIDO LIVRO!



Escrever Poesia

É construir mensagens

É dar liberdade

À alma

É iludir…

É sofrer…

É criar

Mostrar ao mundo

A ausência dos limites

É ficar à espera

De ser lido

É “quase” nunca

Ser compreendido.

Este meu jeito
De dizer,

De Ser
Em que abro o meu peito.

Tanta coisa que tenho feito
Neste sublime sofrer
Ébrio poder…
Que nem sei se é defeito.



Paulo Afonso

terça-feira, julho 03, 2007

Quase uma segunda Parte…

Quase uma segunda Parte…


Quem Morreu?


O Amor nunca morre…
Passeia-se de cara escondida
Parece que foge, porque corre
Mas, está em cada vida!

Então…
Quem morreu?
Se não foste tu nem eu,
E o Amor está salvo e são…

Ninguém…
Ou talvez alguém,
Morreu a dor
Do meu Amor!

E meu caminho ocorre
Numa estrada indefinida
Em busca do meu coração
Em busca de um sentimento meu…
E a vida de alguém
Acontece também…

Afinal, ninguém morreu!




Este poema foi feito (01/07/07) após leitura do poema de MariaSousa, Quem Morreu?
Gostei tanto de lê-lo que não resisti, numa tentação ou num impulso, foi como se(ousadia minha) fosse preciso fazer uma segunda parte!





publicado em:

http://www.luso-poemas.net/