sábado, maio 26, 2007

O Acto

São tantas as palavras

Articuladas no pensamento

Soltam-se

Numa confissão

De um olhar fixo.

Nos meus lábios,

Talvez sedentos

Não resistindo

A tanto charme teu.

Foi o acto

Transportado pelo beijo

Ensinando o desejo

Mostrando o caminho

Iluminado.

O acto,

Que juntou as nossas vidas.

sábado, maio 19, 2007

Os Espectadores de Futebol

Crónica da Semana

Os Espectadores de Futebol

O povo já decidiu, e é soberano. O que querem mesmo é futebol puro e de qualidade com muita emoção á mistura. A prova disso é que no próximo domingo no fecho de mais uma super liga (de nome…) e quando está tudo por decidir, desde o novo campeão, aos que acompanham nas competições europeias e até para saber quem desce de divisão, vai haver o maior recorde de sempre na assistência aos jogos numa só jornada. Contrastando com as míseras assistências de alguns estádios de futebol da super liga que aconteceram durante a época 2006/2007.

Prova que num futebol em que haja uma saudável competição, sem casos, sem enredos de bastidores, sem entrevistas provocatórias e sem outras “manobras” estudadas com o único propósito de alcançar resultados, o povo adere, independente dos preços dos bilhetes (desde que a um preço justo e enquadrado com a realidade em que vivemos e mediante as condições mínimas para assistir a um grande espectáculo, porque é disso que se trata, de um grande espectáculo.

Neste fim-de-semana vamos mesmo ter espectadores de futebol, em festa pelos estádios deste país numa grande lição, em que espero, possa servir de exemplo para quem deve servir…

Senhores do poder agarrem a oportunidade e mudem o que há para mudar. Não são precisas mais provas e além disso o povo é soberano e se já decidiu… está bem decidido, há neste país um potencial de espectadores de futebol assim o queiram!

domingo, maio 13, 2007

As Pessoas Têm Valores Diferentes Dos Seus

Introdução

A história é retirada do livro – o que podemos aprender com os gansos – de Alexandre Rangel que segundo diz não são da sua autoria. São contribuições recebidas das mais diversas origens.

As Pessoas Têm Valores Diferentes Dos Seus


Um dia, um homem muito rico levou o filho pequeno para o interior com o firme propósito de lhe mostrar quanto as pessoas podem ser pobres. O pai queria que o filho aprendesse a valorizar os bens materiais que possuía, o seu status e prestígio social. Desde cedo pretendia transmitir esses valores ao herdeiro.

Pai e filho passaram um dia e uma noite numa pequena casa de taipa de um trabalhador da fazenda do primo. Quando voltaram da viagem, o pai perguntou ao filho:

- Então, o que achaste do passeio?

- Muito bom, pai!

- Percebeste a diferença entre viver na riqueza e viver na pobreza? Diz-me o que aprendeste?

E o filho respondeu:

- Eu vi que nós temos um cachorro em casa, e eles têm quatro; que nós temos uma piscina que até é grande, mas eles têm um riacho que não acaba nunca. Nós temos uma varanda coberta e iluminada com lâmpadas, e eles têm as estrelas e a Lua, que nós nem vemos. O nosso quintal vai até ao portão de entrada, e eles têm uma floresta inteirinha só para eles.

Quando o garoto acabou de responder, o pai estava perplexo.

O filho acrescentou:

- Obrigado, pai, por me mostrar como nós somos pobres!



Tudo o que se tem depende da maneira como se olha para as coisas, da forma como as pessoas pensam. Você criará um ambiente (de trabalho) muito melhor, se compreender e aceitar que as pessoas podem cultivar valores muito diferentes dos seus.

quarta-feira, maio 09, 2007

O PÔR-DO-SOL

Introdução

A história é retirada do livro – Eu me lembro… – do Mestre De Rose, o fundador da primeira universidade de Yôga do Brasil.



O PÔR-DO-SOL



…Quando o sol se punha, todos parávamos o que estivéssemos fazendo e ficávamos em pequenos agrupamentos observando o crepúsculo. As famílias se reuniam, as crianças se encavalitavam nos ombros dos mais velhos ou no colo dos pais. Os casais se acolhiam e acariciavam.

Essa era a hora de fazer as pazes, se alguém ainda estava ressentido com alguma coisa; era também a hora de recitar poesias, quase sempre compostas de improviso, ali mesmo. Sempre foi muito fácil para o nosso povo compor poemas de amor, ao pôr-do-sol, pois os rostos ficavam docemente iluminados pelo alaranjado do sol poente.

Não tínhamos noção do que era aquele disco luminoso no céu, mas sabíamos que era lindo e que devíamos a ele a nossa vida, a luz que nos iluminava, o calor que nos aquecia no Inverno. Não imaginávamos que fosse alguma divindade e sim um fenómeno natural como o raio, o trovão ou a chuva, e o reverenciávamos com um grande respeito e afecto.

sexta-feira, maio 04, 2007

Conhece-te a Ti Mesmo

Introdução

A história é retirada do livro – inteligência emocional – de Daniel Goleman

Conhece-te a Ti Mesmo

Conta um velho conto japonês que, certo dia, um aguerrido samurai desafiou um mestre de zen a explicar-lhe os conceitos de Céu e Inferno. Mas o monge respondeu-lhe, trocista: «Não passas de um estúpido e eu não posso perder tempo com gente da tua laia!»

Ofendido na sua honra, o samurai encheu-se de raiva e, puxando da espada, gritou: «Podia matar-te pela tua impertinência!»

«Isto», replicou calmamente o monge, «é o Inferno».

Sobressaltado ao ver a verdade naquilo que o mestre lhe dizia a respeito da fúria que o dominava, o samurai acalmou-se, devolveu a espada à bainha e fez uma vénia, agradecendo ao monge aquela lição.

«E isso», disse o monge, «é o Céu.»

O súbito despertar do samurai para o seu próprio estado de agitação ilustra a diferença crucial entre ser-se apanhado por uma vaga de sensações e tomar consciência de que se está a ser arrastado por ela.

A injunção de Sócrates «Conhece-te a ti mesmo» refere-se a esta pedra angular da inteligência emocional: a consciência dos nossos próprios sentimentos no instante que eles ocorrem.

quarta-feira, maio 02, 2007

Nunca Deixe de Ser Carinhoso

Introdução

A história é retirada do livro em que Dorothy Dix resume pouco mais ou menos assim o seu pensamento.

Nunca Deixe de Ser Carinhoso

«Comparado com o casamento, nascer é um mero episódio da nossa carreira, e morrer um incidente trivial. Nenhuma mulher pode compreender porque razão um homem não emprega, para alcançar o êxito completo do seu lar, os mesmos esforços que dispensa aos seus negócios ou à sua profissão.

«Mas, embora uma esposa contente e um lar tranquilo e feliz signifiquem muito mais para um homem do que possuir um milhão de dólares, apenas um em cada cem se preocupa, realmente, com tão sérios pensamentos ou faz qualquer esforço para o seu casamento seja um êxito. Deixa o mais importante da sua vida ao acaso da sorte e vence ou perde, segundo é ou não bafejado por ela. As mulheres não podem compreender porque razão seus maridos recusam tratá-las com ternura, quando podem ser carinhosos.»

«Todo o homem sabe que se elogiar a sua mulher pela maneira perfeita como administra e o ajuda, ela economizará o mais que puder. Se disser que a encontra linda com o vestido do ano passado, ela vesti-lo-á de preferência ao último vindo de Paris. Se lhe der um beijo nos olhos, ela os fechará de modo a nada ver; basta um beijo nos lábios para a tornar completamente silenciosa.

«E toda a mulher sabe que o marido conhece pequenas atenções a seu respeito. Mas ele prefere discutir, zangar-se, e, como retribuição, recebe más refeições e vê o seu dinheiro gasto em novos vestidos, jóias e futilidades»

terça-feira, maio 01, 2007

O Dia do Trabalhador

O Dia do Trabalhador

(O Dia do Trabalhador visto de uma forma diferente, poética, por Vladimir Maiakovski)

A todos
Que saíram às ruas
De corpo-máquina cansado,
A todos
Que imploram feriado
Às costas que a terra extenua –

Primeiro de Maio!
Meu mundo, em primaveras,
Derrete a neve com sol gaio.
Sou operário –
Este é o meu Maio!
Sou camponês - Este é o meu mês.

Sou ferro –
Eis o Maio que eu quero!
Sou terra –
O Maio é minha era!

"Meu Maio", de Vladimir Maiakovski