quarta-feira, maio 09, 2007

O PÔR-DO-SOL

Introdução

A história é retirada do livro – Eu me lembro… – do Mestre De Rose, o fundador da primeira universidade de Yôga do Brasil.



O PÔR-DO-SOL



…Quando o sol se punha, todos parávamos o que estivéssemos fazendo e ficávamos em pequenos agrupamentos observando o crepúsculo. As famílias se reuniam, as crianças se encavalitavam nos ombros dos mais velhos ou no colo dos pais. Os casais se acolhiam e acariciavam.

Essa era a hora de fazer as pazes, se alguém ainda estava ressentido com alguma coisa; era também a hora de recitar poesias, quase sempre compostas de improviso, ali mesmo. Sempre foi muito fácil para o nosso povo compor poemas de amor, ao pôr-do-sol, pois os rostos ficavam docemente iluminados pelo alaranjado do sol poente.

Não tínhamos noção do que era aquele disco luminoso no céu, mas sabíamos que era lindo e que devíamos a ele a nossa vida, a luz que nos iluminava, o calor que nos aquecia no Inverno. Não imaginávamos que fosse alguma divindade e sim um fenómeno natural como o raio, o trovão ou a chuva, e o reverenciávamos com um grande respeito e afecto.

1 comentário:

Anónimo disse...

Lindo!

Emocionante, como o trabalho do SwáSthya Yôga.

:)