quarta-feira, dezembro 31, 2008

Espero

Espero pelo tempo que há-de vir, aquele que ansiamos, quando acreditamos que, com ele, virá outras coisas associadas. Rosas. Incenso. Ventos amigos e outras ilusões que, em segredo, guardamos só para nós…
Perco-me nesse tempo por chegar e falham-me as palavras. Aos poucos vou deixando de escrever, embora nunca deixe de sentir, mas a vontade prega-me uma partida e recusa-se a incentivar-me na escrita. Espero. Espero nas dobras do meu acaso e nas sombras dos épicos ilustres que, iludidos, fazem uma festa colossal de mais um ano que finda.
Não quero festas! Não quero épicos ou não, ilustres por acontecer! Não quero e isso basta-me… Não querer também é ser maior, também é ser corajoso e também é saber esperar. Espero. Pelo tempo sem fim, aquele que há-de vir, mas que não sei se virá. Esperar é tudo o quanto sei, é tudo quanto sinto e mas nem sei se sei, ou se quero saber. Basta-me a palavra – espero – e assim continuo vivo e a sorrir, não importa como me sinta por dentro se, por fora, todos me vejam a sorrir.
Exequível.
Sabor.
Perfeito.
Etéreo.
Raro.
Opulento.
São apenas letras, que fazem da palavra, isolada, o caminho da viagem. Sem que alguém entenda ou saiba que espero por um tempo, para que, também eu, possa entender o que penso, do tempo, da espera e da vida que, num tempo teve, na espera o caminho de estar num tempo de ninguém.
Espero. De certo por ninguém, apenas e só por um corpo que se diz meu. Perdoem-me. Espero que também possa ser alguém…

domingo, dezembro 28, 2008

Sem Mais…

Vejo esta folha de papel toda coberta de negro. Pego na caneta de tinta branca e começo uma nova aventura. Sem que nada tenha para escrever, não hesito, e desenho letras na esperança, lenta, de acabar com o negrume que também evade a minha alma. O resto virá por acréscimo. Nascerá uma qualquer história do nada e a vida acontecerá.
Entre mim e esta folha de papel moram uns quantos tesouros e uns quantos espíritos que fazem deste espaço o seu lar. Contam-nos pequenas histórias, em segredo silenciado, e eu trago-as a público como minhas. Mas, nunca poderiam ser minhas se de negro me sinto, se nada tenho para escrever ou se nem sequer consigo imaginar…
Nunca desisto. Quero escrever sempre. Chamo mais letras que, de sorriso aberto, aparecem umas atrás de outras, e sem que eu saiba, são elas que dão vida a folha de papel, quando se organizam na mensagem que os olhos conseguem ler. Brincam entre si e desafiam os leitores a lerem nas entrelinhas, outras mensagens, outras aventuras, num perplexo jogo de silêncios, cores e abstractos gestos acutilantes.
Algumas vezes até penso que tudo se origina em mim. Pura loucura. Mas o mais gracioso, sem que graça tenha, é o facto de que os poucos que me lêem acreditam que sou mesmo eu que escrevo. Pura ilusão. Mítica alusão.
Apenas pego no papel e deixo-me ir, desembrulhando mensagens envolvidas num misterioso contorno que nunca aprendi, e que, por isso, não conseguirei explicar. Também não importa, basta que junte as letras, basta que elas desenhem a frase – não fui eu – basta, para mim, e talvez baste para quem lê. Não importa!
Como uma brincadeira que substitui o tempo da meninice, que muda as diversões de criança, o que escrevo – embora não seja só meu – dá-me um lúcido prazer e ajuda-me a viver. Transporta-me de estados esgotados para estados mais etéreos, transporta-me, na leveza da alma, para o supremo desejado, mesmo que inalcançável, a viagem iniciada e o desejo de conseguir distraem-me e aliviam o meu sofrimento.
Lentamente vou retirando a capa negra do meu corpo inflamado, e num passo dado, cresço dentro de mim, com as palavras que consumo.
Entre mim e esta folha amiga, há uma cumplicidade lúdica, onde fogem os dissabores, mesmo que por escassos momentos, e nascem outros secretos eventos.
Voltamos sempre para conversar, partilhar, confessar ou recriar os sonhos de papel, e os outros imaginários das personagens que não conheço, ainda que habitem em mim, como tesouros ou como desenhos dos espíritos. Este é o nosso lar. A nossa condição. Mesmo que importe a alguém…
Ou não!
O caminho se fará num tempo perdido, mas chegará no seu adequado tempo dos que já não conseguem existir de outra forma…
A mesma tinta branca com que pinto a folha de papel, serve para pintar o meu rosto, até que chegue a alma, até que vire fantasma... se assim tiver que ser…

sábado, dezembro 27, 2008

Crónica do dia seguinte

Há um frio intenso que atemoriza o querer. Um nevoeiro sóbrio preenche a planície com um manto branco. Uma quase ausência de pessoas na rua complementa este quadro que o Dezembro oferece. O Natal já faz parte do passado, só os caixotes do lixo, cheios de caixas de brinquedos e outros papéis decorativos, ainda difundem esta quadra.
Há também um silêncio estranho. Triste. Parece que o mundo parou. Deve ter parado nesta madrugada, depois das emoções das crianças e do desgaste dos adultos, obra de mais um Natal cheio de dificuldades. Se uns nem perceberam, é porque os outros não quiseram quebrar a tradição, mesmo que, para tal, o esforço tenha sido suplementar.
Das crianças, atulhadas em brinquedos dispersos, depois da ansiedade de descobrir cada brinquedo, há o desprezo dos restantes brinquedos, substituído pelo desejo de alguns que não tiveram e. São os pequenos a aprenderem a ser grandes…
A vida continua. Há o sentido do dever cumprido que se mistura com a esperança de um novo ano melhor. Muito melhor. Coisa que só a esperança ainda consegue fazer acreditar.
Agora resta esperar pelo novo ano. Tudo acontecerá naturalmente e, em breve, estaremos no cerne de mais um campo de várias batalhas intermináveis.
É assim que a vida nos acontece. Até que volte o tempo de bebermos mais um pouco do espírito natalício, que, embriagados pela corrente em prol das crianças, sejamos inseridos num ritual estranho, embora familiar, e com o medo de não sermos diferentes de todos, para que assim não possamos quebrar a tradição, que, mesmo que podre, ou fantasiada, continua a ser consistente nesta sociedade mascarada de bondade.
É assim que, ciclo após ciclo, vamos vencendo os nossos dias, sempre com o pretexto e a esperança de braço dado. Também já fomos crianças e agora, como adultos, temos mais culpa e responsabilidade no que acontece, seja no dia de ontem, de hoje ou mesmo no dia seguinte… Nada interessa se amanhã houver outro Natal igual…

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Uma dúzia de respostas a um iluminado e uma pergunta a quem lê

A luz serve para mostrar o que somos, pena é que alguns se esqueçam depressa de que, tanto mostra a parte boa como a outra…

Se o olhar não tocar na alvura, deve ser o sentir a tocar, para que a existência faça sentido…

Se não tentares o que queres, não faz sentido querer…

Conhecer o verdadeiro sentido das palavras é estar mais próximo da escrita, das vontades e das contendas literárias.

Existir é fazer história. A própria história é feita por existências que primaram pela diferença.

O umbigo é o ponto que marca o centro do corpo e a profundidade do ego.

O controverso é a base do querer evoluir, só faz sentido se for para clarear os conhecimentos e ajudar a fundamentar as ideias.

Quem não sabe viver com a diferença, não sabe viver bem consigo próprio.

Aprendemos muito mais nos erros que cometemos do que nos sucessos que temos, uns obriga-nos a pensar e os outros a festejar.

A verdade não é única, depende das conjecturas, dos meios e do tempo.

A mentira é irmã da verdade, mesmo que disputem a mesma frase.

Não vale a pena ser superior se não o fizer com o propósito de ajudar.

Conseguem encontrar uma só pergunta onde estas respostas entrem todas?

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Carta de Natal 2008

Não quero escrever uma carta. Não uma carta qualquer. Embora não a possa enviar, tão-somente porque não tem um destinatário concreto, ou melhor, um qualquer destinatário não a receberia mesmo que soubesse que esta carta é singela e sem um propósito camuflado. É simples. Tão simples como a escrita que a preenche, e tão singela como a forma como é feita.
Neste Natal de 2008 não queria pedir o que todos pedem - o fim da fome no mundo, ou o fim das guerras, ou outras coisas que só nesta altura se lembram. Não. Neste -Natal queria apenas pedir uma única coisa. Simples. Sincera.
Queria pedir que uma palavra – Amizade – fizesse sentido para mim, o verdadeiro sentido que lhe reconheço, e que esse mesmo sentido nunca tivesse quebras, que nunca ficasse pendente e, se possível, que durasse todo o ano, ano após ano, até aos últimos dias de luz do meu olhar. Depois partiria em paz para o descanso eterno.
Mas, como não quero escrever qualquer carta, porque, mesmo que quisesse, não saberia para quem a mandar, ou não saberia que seria recebida e lida, talvez seja melhor continuar a lutar com esperança por melhores dias…
E eu que só queria que as amizades fossem em pleno, só queria ser o menos imperfeito possível e, ainda que difícil, queria não ser julgado por pessoas, que, como eu cometem erros, que, como eu, conhecem os labirintos da vida… Queria ser perdoado no perdão possível. Queria... Neste Natal queria escrever uma carta, mesmo que não fosse lida, que falasse de amizade e de tolerância…
Queria tanto, mas tanto, que tão pouco me enche a alma.
Neste Natal, quando todos adormecerem, ficarei na janela da minha esperança, sentado na cadeira das longas esperas, aguardando que um carteiro vestido de vermelho passe e me deixe um presente especial, o de receber uma carta qualquer, que, mesmo sem muitas palavras, responda, numa só linha, ao apelo de amizade e tenha a condescendência de saber perdoar os erros que, inadvertidamente, cometi.
Depois, nas palavras que enviarei, escolherei as que o meu coração ditar…
Certamente que saberei agradecer, retribuir o gesto, mas, mais que tudo, aprenderei que as novas oportunidades devem fazer de nós pessoas melhores.
Neste natal uma única prenda será maior. Basta que traga dentro uma pequena amizade e que, por fora, o papel tenha o meu nome.

É tão simples que me faz acreditar… neste Natal de 2008.

domingo, dezembro 21, 2008

O poema enganador

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega fingir que é dor
A dor que deveras sente.

Fernando Pessoa/Bernardo Soares; Autopsicografia; Publicado em 27 de Novembro de 1930


O poema enganador


Escrevo um poema tentador
na tentativa de expulsar
o que o corpo diz ser dor
e que a mente não quer afastar.

Escrevo com o sangue ainda quente
roubado,
da ferida aberta, desta alma carente,
o poema inventado.

Escrevo. Imaginando o poeta
feito guerreiro, pensador, ou artista
escrevo a ideia, querendo ser profeta,
amante ou um idealista.

O poema é enganador, mentiroso
esconde a voz, a alma, e a semente
chega a ser tão habilidoso
que diz que é verdade o que mente.

E enquanto mata, o homem pateta,
nas guerras da loucura, e do horror,
há um outro homem poeta
que faz um poema enganador,

e a gente lê o que escreve
sonha, e a alma aquece, no acreditar
do poema que nunca teve
e assim a gente esquece, a realidade que nos está a matar,

o que importa é viver, mesmo que enganado
entre o amor e o ódio simplista
haja um homem bem mandado
e um outro ilusionista,

há um poema enganador, mas airoso
que canta versos de neve
há um poeta que luta, tão poderoso
que inventa, um novo mundo, que nunca teve.

sábado, dezembro 20, 2008

Palavras In (Contidas)

Conheço as palavras desde o tempo de meninice. Brinquei com elas sem a consciência do seu poder, joguei-as ao vento como um jogo qualquer e soube viver feliz dentro delas. Cheguei a pensar que seria uma mera palavra, talvez até uma frase indefinida ou que uma simples letra definiria a minha presença. O meu nome, enfim, o meu ser…
Corri atrás das ideias que as palavras contêm e pacientemente esperei noites a fio para descobrir e entender os sentimentos que albergam. Fiz de tudo com as palavras. Amei numa frase sentida, perdi-me, matei amizades e nunca percebi que o meu verdadeiro amor era a própria palavra…
Feri tantas palavras pelo tempo e elas nunca deram um grito ou um gemido. Fiz da palavra o meu escudo e também a minha lança nas batalhas literárias. Vesti-as de raiva ou de sofrimento num qualquer texto que quis escrever, sem nunca pensar que as palavras, contidas, pudessem ter uma vida maior do que aquela que lhes queria dar. Cresceram em mim, palavras incontidas, que ganharam forma e se fizeram a vida. Vi-as partir. Vi o seu rasto e as manchas de sangue que provocaram nos distúrbios que fizeram por onde passaram, senti as lágrimas da despedida, como quem parte para sempre e ainda assim, por amor, perdoei e compreendi o seu longo curso, aceitei a sua independência e deixei-as serem elas próprias… Amar é mesmo assim, é dar liberdade, é deixar que o destino faça a sua parte, é sofrer em silêncio e resistir. Resistir a tudo!
Conheço as palavras, mas não todas, porque são uma numerosa família com parentes mais afastados e com as quais nunca tive qualquer relação. E dessas que, por vezes, poucas vezes, nos visitam, deixam-nos uma marca forte na vida, primeiro de surpresa (quanto mais não seja pela visita) e depois pelo efeito que nos provocam, que também provocam aos que as lêem ou aqueles a quem, carinhosamente, as oferecemos.
Assim é a vida. Perdi a meninice, e ainda brinco com as palavras, perdi amizades e não me desfiz da palavra e até perdi amores que nas próprias palavras se diluíram. Ainda só não perdi o amor a palavra, que, estoicamente, permanece, mesmo com a verdadeira noção de que um dia morrerei numa palavra qualquer, ou mesmo que possa ser a própria palavra a matar-me, vou continuar a amá-las sem que precise de encontrar razões ou tão-pouco precise de explicar coisa alguma. Basta-me saber conhecer o amor e identifica-lo na mais humilde palavra, contida ou incontida, mas sempre na palavra. E basta-me entender o amor, entender sempre essa união entre a palavra e o amor!
Por ora, permaneço entre um silêncio mítico e a palavra sábia, num gesto natural de quem quer aprender, aprender a conhecer a natureza humana que existe e se mistura com as palavras, sejam contidas ou incontidas, num perplexo consentimento eternamente paciente. Fecho-me na palavra até querer, até que o amor reapareça…
E numa despedia, solta-se o gemido, dando voz à saudade.
Saudade – é a já palavra que cobre o meu corpo e com que me deito, na esperança que me leve aos sonhos, substituindo uma realidade pobre, e que assim me prenda, que me preencha os espaços dos meus desejos por cumprir.

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Divido-me

Divido-me entre as árvores que, no campo, ficam de pé e as ondas que, na praia, eclodem… Divido-me entre o dia apressado e a noite calma, em que me desprendo das cordas sociais, que me amarram, mais a minha mente do que o meu próprio corpo, e consigo aproximar-me mais da natureza. Da minha própria natureza, que por vezes é como uma árvore bem plantada que, pacientemente, vê os dias fugirem-lhe, ou outras vezes, mais parece as ondas de um mar revolto que encontra em cada praia a oportunidade de rebentar, logrando da sua inércia, para assim matar os dias perdidos nos gestos dos meus dissabores. Ainda me sobram os dias e as noites em que não vivo, onde sobrevivo das lacunas de um tempo quase imperfeito.
Continuarei a ver os dias morrerem, até que chegue a minha vez, entregando-me as alternativas que a vida me dá. Vivendo nos intervalos dos nossos momentos e recebendo a bênção das amizades que vou fortalecendo. Contra as intempéries e os agrestes desejos, vou no meu caminho, crescendo e evoluindo, para que possa ter a capacidade de discernimento e absorção do tempo que me resta.
O resto é como as chuvas do mundo, que molham apenas quem anda perdido nas ruas da ineptidão…
Recolho-me no templo da fé e acredito no mundo que me rodeia…

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Desperdício da vida

Hoje recordo o teu olhar, pensativo e em constante ebulição, quando imaginas os possíveis cenários dos filmes da tua vida. Acontecidos ou por acontecer. Recordo os contornos do teu corpo, que veste o charme e encanta num silêncio apetecido. É assim que preencho a tua ausência, embrenhado nos pensamentos que vagueiam por mim.
Hoje és o desperdício da vida que não assumi. Hoje é o tudo e o nada. Há dias e noites em que nada me aquece e tudo arrefece o calor que ainda resta de mim. Recorro. Quero-te como te vejo. Esbelta e próxima.
Hoje és a lua da minha noite solitária. És um presente imaginado neste natal real.
Recorro às imagens, aos pensamentos e também eu construo os meus cenários dos possíveis filmes da minha vida. Aprendo contigo. Sorrio quando sorris e fico triste quando choras, nessas lágrimas que escapam desse rosto lindo. Fazes-me falta, num sorriso ou num olhar. Fazes-me falta até num adeus.
Hoje quero-te por perto, mesmo que não possas, quero sentir o teu olhar e a tua voz. Não será a distancia que impedirá. Só tu podes fazê-lo… Mas, por favor, hoje não!
Dá-me pelo menos este dia, para que seja meu por inteiro, nem que seja apenas e só hoje… Dá-me porque preciso tanto de ti!

terça-feira, dezembro 16, 2008

REEDIÇÃO DE "ROMAGEM A CRETA" E DE "27 POEMAS" DE ANTÓNIO REBORDÃO NAVARRO



Caros amigos,

Pela segunda vez, (a primeira foi quando da edição de "dibaxu" de Juan Gelman) vos faço pessoalmente o convite para estarem presentes numa sessão de apresentação de um livro, neste caso dois. Trata-se da reedição, sob chancela da edium editores, de duas obras do emérito escritor António Rebordão Navarro: "Romagem a Creta" (primeiro romance do autor, publicado em 1964) e do poemário "27 Poemas" (publicado em 1988).

A vossa presença, para além do merecido tributo que prestam ao valioso percurso literário de António Rebordão Navarro, é também muito importante para a edium editores.

O evento decorrerá no Palacete Viscondes de Balsemão (Praça Carlos Alberto, Porto) na próxima quarta-feira, pelas 21.00 horas.

Se puderem, não faltem.

Obrigado,

Jorge Castelo Branco



Sobre o autor e sua obra: António Augusto Rebordão e Cunha Navarro nasceu no Porto em 1 de Agosto de 1933. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi Delegado do Ministério Público em Vimioso e Amarante, Director da Biblioteca Pública Municipal do Porto e Director Editorial, tendo exercido a advocacia. Secretariou e dirigiu a Revista Literária Bandarra, fundada por seu pai, o escritor Augusto Navarro. Foi co-director e também co-autor de Notícias do Bloqueio e director-adjunto da revista literária Sol XXI. Colaborou em diversas publicações e encontra-se representado em várias antologias. Fez parte da direcção e foi Presidente da Assembleia-geral da Associação de Jornalistas e Homens das Letras do Porto e é Vogal do Conselho Fiscal da Sociedade Portuguesa de Autores. Alguns dos seus poemas estão traduzidos para castelhano, francês, checo, neerlandês e sueco. Em 2002 foi-lhe atribuído o "Prémio Seiva" (Literatura). António Rebordão Navarro tem as seguintes obras publicadas: Romagem a Creta (1964) finalista do Concurso Literário Internacional Ateneo Arenyense, Barcelona, Um Infinito Silêncio, Europa-América (Prémio Alves Redol, 1970), O Discurso da Desordem (1995), O Parque dos Lagartos, Bertrand (1981), Mesopotâmia, Difel, 1985, (Prémio Internacional Miguel Torga 1984), A Praça de Liège , Bertrand, (Prémio Círculo de Leitores, 1988), As Portas do Cerco (1992) romance traduzido para francês e neerlandês, Parábola do Passeio Alegre (1995), O sulco das sombras, o qual recebeu posteriormente o título Romance com o teu nome, Campo das Letras, 2005, e foi distinguido com o Prémio Literário Florbela Espanca, 2003, Amêndoas, doces, venenos, Campo das Letras, 1998, (editado em Itália com o título Mandorle, Dolci e Veleni pela editora NonSoloParole, Todos os tons da penumbra, Campo das Letras, 2000. Contos: Dante Exilado em Ravena (1989). Crónicas: Estados Gerais (1991), Lello Editores. Teatro: O Ser Sepulto (1972) e Sonho, Paixão, Mistério do Infante D. Henrique, Publicações D.Quixote. Ensaios: Domingos Pinho e o Sistema das Representações Simultâneas e Juro que sou Suspeito - O Processo de Adultério em Camilo em 15 Alíneas. Poesia: As Três Meninas e Outros Poemas (Porto,1952, Edições Augusto Navarro); Outro Caminho do Mar (Porto, 1953, Colecção Bandarra, n.º 2); O Mundo Completo (Porto, 1955, Colecção Bandarra, n.º 6), Os Animais Humildes (Porto, 1956, Edição do Autor); Poema para Anne Frank (Coimbra, 1958, Separata da Revista Vértice); O Dia Dentro da Noite (Porto, 1960), Notícias do Bloqueio, Aqui e Agora (Lisboa, 1962 - Ed. Sagitário); O Inverno (Porto, 1978 - Ed. O Oiro do Dia); 27 Poemas (Porto, 1988, Editora Justiça e Paz); A Condição Reflexa (Poemas, 1952-1982) (Lisboa, 1990, Imprensa Nacional Casa da Moeda), Longínquas Romãs e Alguns Animais Humildes - Antologia Poética, Edições Asa, 2005).

http://ediumeditores.wordpress.com/proximos-lancamentos/

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Auto-Estima

Cresci num canteiro plantado nos confins do Universo. Chamaram-me Rosa. Vestiram-me de outras cores, porque, o meu olhar era triste, parado e só procurava o Sol.
Nascera assim, rosa, e nem o amarelo ou o vermelho, ou outra cor qualquer, emprestada, mudou o meu olhar. Faltava-me qualquer coisa que as cores nunca enroupavam.
Chamaram-me linda, ao ouvido, e nunca consegui ver o rosto dessa voz porque nunca tive a coragem de o olhar olhos nos olhos…
De longe ouvi gritos que apelavam à beleza da minha esbelta presença, e eu, de olhos postos no céu, nunca acreditei… tão pouco quis saber se era verdade.
Hoje, sem outras cores, sem outras roupagens, permaneço quase imóvel neste mesmo canteiro nos confins do Universo e já nada muda. Se um dia tiver outra oportunidade, e serei eu a pedir, não uma cor ou um brilho, mas apenas um pouco de auto-estima.
Depois até os espinhos terão mais valor para mim…

domingo, dezembro 14, 2008

Apresentação do Livro da Amiga Carla Costeira


Mergulho no Mar da Poesia – Carla Costeira

Começo por cumprimentar a mesa. Cumprimentar todos os presentes também e agradecer o convite que me foi feito pela poetisa Carla Costeira, que me honra e deixa sensibilizado. Espero poder estar a altura de tamanha responsabilidade.

Comecemos então pelo título. Dividindo-o. Mergulho – Acto de mergulhar ou verbo Mergulhar – sabendo que ambos aqui se podem aplicar. Poderia dizer-vos que é uma afirmação da Poetisa que se envolve de corpo e alma na construção deste livro.

no Mar – este mar não é só um oceano é também um mundo abstracto da autora onde se expõe e partilha, o que é, no que faz, aqui usando a escrita.

da Poesia - elo de ligação entre todos, que aqui nos traz e que todos gostamos de ler e outros, como a Carla, também de a escrever.

E, duma forma breve, fica, assim, analisado o título deste livro.

Entremos agora no próprio conteúdo do livro para bebermos as intenções e saborearmos cada emoção exposta.

Não sendo necessário aprofundar cada poema, ao lermos este conjunto de poesia, podemos perceber, de imediato, que este livro é muito pessoal, transmite-nos, na íntegra um lote de qualidades da poetisa, pela forma como a mesma se entrega ao que escreve.
Este corpo de poesia, puro, demonstra, por outras palavras, que existe em cada poema uma mulher sensível.

“…escrevo no livro aberto do meu peito” – escreve a autora no poema Ave Costeira

Consegue assim entrar no mundo introspectivo e dele sair para abranger outros estados, para agarrar outras realidades.
Viaja pela natureza, vai à reflexão, vive na tristeza da dor e dela parte para o mundo social que nos rodeia, quando aborda os flagelos da sociedade, porque os poetas estão atentos ás realidades que os rodeiam, não escrevem só sobre os amores e desamores das suas vidas.

Há fases de uma tristeza profunda, mas há, em todos casos, uma certeza – este livro é de emoções e é feito com o coração.

Sobre o livro oferece-me dizer-vos isto, sem querer aprofundar muito para não vos retirar o prazer de o querer ler. Faço assim da minha apresentação algo mais de alerta, no sentido de que devem ler para terem a vossa própria opinião também.
Queria, a propósito, falar-vos das apresentações que tenho acompanhado, em que é comum falar-se de várias coisas, grosso modo, da sociedade onde estamos inseridos, da conjectura política, e há até, por exemplo, casos que se fala da política externa e até da política mundial.
Não é que não estivesse preparado para o fazer, estaria certamente, no entanto, não esse caminho que escolho porque não quero ir por aí. Não entendam esta abordagem como uma crítica, mas antes uma leve introdução explicativa para a minha opção em apresentar esta obra.
Prefiro falar-vos de Poesia e do que a mesma envolve.
Prefiro falar dos sonhos que se realizam e das emoções que os acontecimentos geram. Prefiro falar de boas leituras e de livros que foram feitos com muito amor, muito carinho e uma entrega absoluta. Afinal foi por esse motivo que fui convidado.


Ainda dentro dos parâmetros das apresentações que tenho acompanhado, e sempre que perto do fim há uma pequena conversa, numa cruzada de perguntas e respostas normal, entre as pessoas da plateia e os autores, há sempre uma pergunta que é feita e que nunca consegui entender a sua verdadeira dimensão ou a sua intenção. Como é que se pode perguntar ao autor/a – Para quando o próximo livro? Se, muitas vezes, ainda não lemos o que acaba de nascer. Se ainda nem percebemos bem o verdadeiro encanto desse mesmo objecto, se ainda não captamos a mensagem que ele tem para nos oferecer. Creio que será um sintoma dos tempos actuais, ditos modernos, em que fazemos tudo a correr e não temos tempo para saborear nada. O que, de facto, não se pode aplicar aos livros, porque estes, depois de feitos devem ser saboreados, devem tem o seu tempo de maturação nas mãos do leitor e devem ser apreciados de amplas formas e em circunstâncias diferentes. Defendo que um bom livro pode, e deve, ser lido duas vezes. A primeira para matar a ansiedade de descobrirmos o que o mesmo contém e o seu desfecho e a segunda para podermos usufruir dos pormenores que deixamos passar nessa primeira leitura. Provavelmente não serei o único nesta sala a defender esta condição.

Importa hoje realçar o momento, a honra em participar nele e assumirmos que o primeiro passo da nossa poetisa Carla Costeira foi dado com sucesso. Esta jovem mulher, generosa e sensível, merece que este momento seja de grande empenho e uma grande recordação. Que seja o primeiro passo de muitos outros, bem sustentados e de grande relevo. Como a minha intervenção foi diferenciada, termino talvez da forma como a devia ter começado, dando os parabéns aos presentes que, numa sexta-feira de frio, saíram das suas casas e dos seus empregos para estarem aqui connosco, aos que ajudaram a promover este evento, aos que participaram nele, e aqui permitam-me que faça uma referência especial à nossa voz de ouro cujo nome é Sandra Rodrigues que, no exacto momento que foi convidada, se disponibilizou numa demonstração de grande amizade, e à Editora – Edium Editores – pela coragem de continuar a apostar nos novos valores da nossa terra. Parabéns a Poetisa Carla Costeira por ter tido a coragem de chegar até aqui, dando os passos necessários para que este dia acontecesse e muito bem.
O meu agradecimento pelo convite em poder estar ao seu lado neste momento tão especial.
Termino com o desejo de um bom natal para todos.
Obrigado a todos por existirem.

Lisboa, 12 de Dezembro de 2008

sábado, dezembro 13, 2008

Pontos de venda da Edium Editores

Pontos de venda da Edium Editores

* Aveiro - Livraria ABC - Rua José Estevão, 56
* Aveiro - Livraria dos Arcos - Rua dos Mercadores, 12

* Braga - - Centésima Página (Av. Central 118-120) www.centesima.com

* Bragança - Livraria Rosa D'Ouro - Praça da Sé, 23

* Caldas da Rainha - - Livraria Loja 107 (Rua Heróis da Grande Guerra, 107/109) - www.cavacasdascaldas.blogspot.com

* Coimbra - - Casa do Castelo (Rua de Sofia, 47/49)
* Coimbra - - Livraria 115 (Praça 8 de Maio, 109) - www.livraria-115.com

* Guimarães - -Centésima Página, São Mamede – CAE – R. Dr. José Sampaio, 17-25

* Lisboa - - Livraria Barata, Avenida de Roma, 11A - www.livrariabarata.pt
* Lisboa - - Livraria Portugal, Rua do Carmo, 70 (Chiado) - www.livrariaportugal.pt
* Lisboa - - Livraria Trama, Rua S. Filipe Nery, 25-B (ao Rato)

* Matosinhos - - Livraria Espacial (Av. da República, 1088)
* Matosinhos - - Livraria Marques Ribeiro (Rua Brito Capelo, 193)

* Mem Martins (Grande Lisboa) - Papelaria Pinguim (Estrada de Algueirão)

* Porto - - Poetria - Livraria Temática de Poesia e Teatro (Rua das Oliveiras, 70)
* Porto - - Unicepe - Coop. Estudantes Livreiros - Praça Carlos Alberto, 128 A (aos Leões em frente à reitoria da UP) - www.unicepe.com

* Évora - - Livraria Nazareth & Filhos (Praça do Giraldo, 46)

terça-feira, dezembro 09, 2008

“Meu Coração Está Como O Céu”

Tenho o olhar preso ao céu. Envolvido no azul-escuro a tentar perceber cada mensagem desenhada pelas nuvens, que soltam lágrimas de um choro universal e em que o meu rosto se envolve na partilha dessa mesma dor…
É essa cor triste e pesada que arremessa as lacunas do meu sentimento ferido. Sofro de insanas tempestades dentro de mim. Sofro de angústias nocturnas que guardo num cantinho só meu, só para mim, como um tesouro, que defendo dos piratas das Caraíbas.
O meu Universo é o céu, é o meu coração aberto que ama cada segundo do mundo, mesmo que se sinta tão só. O meu coração está como o céu, triste, silencioso, confrangido mas que, ainda assim, sorri timidamente para os que o amam. São tão poucos. E é o mesmo céu que abrange toda gente, que cobre os rostos do mundo e que dá alento aos solitários quando convida o sol a sorrir…
Um sorriso faz uma onda de calor e traz as cores do arco-íris, que livremente, passeiam pelo mesmo céu que outrora chorava. É de momentos que vivemos, dos que guardamos para sempre no baú da nossa memória. São tantos e diversificados que uns sobressaem dos outros.
O céu mudará as vezes que quiser, mas o meu coração ainda será como o sol, que brilha no céu e muda cada olhar…

domingo, dezembro 07, 2008

Mergulho no Mar da Poesia





A 12 de Dezembro pelas 21.30 horas, no auditório sito ao Campo Grande 56, na cidade de Lisboa, será apresentado o livro ”Mergulho no mar da poesia” da neófita poetisa Carla Costeira; obra e autora serão apresentadas pelo escritor Paulo Afonso Ramos. A autora de 36 anos nasceu em Lisboa e reside em Mem Martins, Sintra. O poemário vem prefaciado por João Filipe Ferreira.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Morreu o poema

Fiz um poema
das palavras que escolhi
encenei-lhe a cena
para que o lessem assim,
ao jeito, como se fosse para mim
pensei na paixão
pensei no que sou
e desse poema
outrora meu
perdeu-se o fim
o encanto também
e mais além
encontrei frases soltas
ficou apenas as palavras
que não quis para mim.
Afinal,
não fiz um poema
empilhei as palavras
na ânsia de as mostrar
sem que desse tempo
ao tempo que preciso
para que nascesse de mim
o poema que nunca tive…
não nasceu nada
nada aconteceu
e dentro de mim
cresceu a angústia
o gesto senil
a mágoa
e o desespero,
quis de mim
um poema
mas não é assim
para escreve-lo
é preciso senti-lo
e eu apenas quis fazer o poema
que órfão
passeava na minha mente
perdido
esquecido
e eu apenas o aprisionei
torturei-o
e no fim
matei-o…
Fiz um poema
para o poder sepultar…

quinta-feira, dezembro 04, 2008

A Dois


(Foto de: Tom Menegatos)

A dois,
iludimos as vontades alheias
e fazemos o nosso desejo acontecer…
Os gemidos,
soltos, das nossas bocas
os teus seios que anseiam
pelas minhas mãos
num toque quase suave…
onde te brindo com um beijo.
A dois,
esquecemos o mundo
entre carícias sedutoras
embelezamos o desejo
com os gestos ofegantes
das loucuras dos nossos corpos.
A dois,
Embriagamos o tempo
com o sémen
do nosso prazer.

O teu olhar pede paz…
e permite que o mundo acabe já!

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Querida! Mudei de casa…

Hoje mudei de casa… No silêncio da noite numa estrada imaginária, fiz o meu caminho, para a minha nova casa pintada de verde, e bem iluminada, que é por uns tempos não será só minha. Viverei cada momento da sua construção, sentirei cada nova alteração que receba e estarei sempre por perto, neste humilde lugar que cria momentos empenhados e sorri para a esperança com a certeza de que um dia o desejo se cumprirá. Todos podemos mudar de casa, nesta época, se essa casa for como a minha, uma linda árvore de Natal.
Querida! Não te preocupes… Eu, todos anos, volto sempre!

terça-feira, dezembro 02, 2008

III Encontro do Luso-poemas / Lançamento da Antologia


Convidamos todos os luso-poetas a estarem presentes no III encontro do Luso-Poemas a realizar no próximo dia 13 de Dezembro, em Lisboa.
Pretende-se, mais uma vez, passar do virtual ao real, permitindo que as pessoas por detrás dos avatares se conheçam. Quem já participou nos encontros anteriores sabe o quão gratificante pode ser. E sabe o quanto nos divertimos.
Este encontro reveste-se duma roupagem especial. Sob a chancela da Edium Editores será lançado o livro “Antologia Luso-Poemas 2008”, uma compilação de diversos textos de vários autores que publicam no nosso site.

Lista de Poetas da Antologia da Luso-poemas 2008



Alemtagus
Betha M Costa
Carla Costeira
Carlos Carpinteiro
Carlos Said
Carolina
Cleo
Conceição B
Daniela Pereira
Expanta
Flávio Silver
Fly - Marta
freudnãomorreu
Gilberto
Godi
Goretidias
Henrique Pedro
João Filipe Ferreira
João Videira Santos
José Torres
Júlio Saraiva
Karla Bardanza
Le Tab
Ledalge
Luís Ferreira
Margarete
Maria Sousa
Mel de Carvalho
Noite
Paulo Afonso Ramos
Pedra filosofal
Rosa Maria Anselmo
Sandra Fonseca
Tália
TrabisdeMenta
Tytta
Valdevinoxis
Vera Carvalho
Vera Silva


Convidamos, por isso, todos os utilizadores e seus acompanhantes, a estarem presentes neste III encontro.
O programa promete. Tudo foi pensado e tratado atempadamente, por isso deixamos a informação que nos parece importante:

Informações adicionais
Dia
13 Dezembro 2008

Local
Campo Grande nº 56 em Lisboa

Como chegar
Autocarros – 36, 21, 45, 38
Metro/Comboio – Estação de Entrecampos

Mapa
http://codigopostal.ciberforma.pt//codigo_postal.asp?n=109684

Programa

11h30 – Recepção

12h30 – Almoço (será de € 11,50 por pessoa)

15h – Apresentação da Antologia

17h – Porto de honra

20h – Jantar (sítio a escolher em Lisboa, no próprio dia, sem compromissos)

segunda-feira, dezembro 01, 2008

http://blogasasanjo.blogspot.com/



Pois bem, recebi através do “Nas Asas de Um Ano”, da Ana Margarida, este desafio que consiste em responder a 10 perguntas com nomes de músicas de um grupo ou cantor. A brincadeira é divertida! Respondi a todas usando títulos das canções dos Xutos & Pontapés:


1- És homem ou mulher? O Homem do Leme



2- Descreve-te. Á Minha Maneira



3- O que é que as pessoas pensam de ti? Aí Se Ele Cai




4- Como descreves o teu ultimo relacionamento? Gritos Mudos



5- Descreve o estado actual da tua relação. A Minha Casinha



6- Onde querias estar agora? Circo de Feras



7- O que pensas a respeito do amor. Mundo ao Contrário



8- Como é a tua vida? Um Sinal De Ti



9- O que pedirias se pudesses ter um desejo? Dá Um Merguho


10- Escreve uma frase sábia. Chuva Dissolvente






E os blogs nomeados são...tcham tcham:



1- StoneArtPortugal – Pedra Filosofal

2- Tentativas Poemáticas – António

3- Marie – Mariene Rocha

4- Um Olhar - Fátima

5- Palavras Soltas – Vera Silva

6- Djin - Alexandra

Vá lá, respondam como post lá no vosso blog e passem a brincadeira...ah, e podiam tb aqui postar em comentário, seria simpático! lol