quarta-feira, setembro 23, 2009

Escombros de poeta

Árido do seu caminhar
entre a dor de não chegar
e a nostalgia do partir
anda o poeta perdido
iludido, neste seu mundo, urdido.
E no cântico derrama a lágrima
por sentir-se emotivo
sofre, sorri e ergue o rosto
porque está vivo.

Descreve as ignomínias
de punho cerrado
e com o olhar dependurado
despede-se de cada palavra
que liberta
e nas mutações
alegremente recebidas
festeja com sabedoria
e descreve-o para todos.

Entre estados de alma
que alimentam o seu subsistir
é nas margens do infinito
que o poeta reside.

1 comentário:

Marta Vasil (pseud.de Rita Carrapato) disse...

Belíssimo e tão verdadeiro este "Escombros de poeta"

A vida do poeta é um caminho de múltiplos e constantes contrastes nos sentires. Um caminho sem fim...
Tão bem o diz o Paulo em:
"Entre estados de alma
que alimentam o seu subsistir
é nas margens do infinito
que o poeta reside."

Um beijinho

MV