segunda-feira, fevereiro 15, 2010

“A felicidade exige valentia”

A vida é o maior desafio que podemos ter. É preciso caminha-la, entre atalhos ou estradas, sempre como se fosse a primeira e a última vez. Cada passo exige sempre um pouco mais de nós. E o que julgamos fácil às vezes complica-se, e, noutras vezes, o que nos parece complicadíssimo, também se simplifica quase que por magia. E isto é apenas uma pequena parte da vida.
Depois há a parte do sonho, que vive ao lado da realidade, e que, embora vizinhos são tão distantes quanto o longo caminho que levamos até lá chegar. Uns, poucos, nunca lá chegam porque ficam pelo caminho e outros andam uma vida inteira em direcções trocadas.
O sonho é a voz inconsciente que namora a realidade, e que, por vezes, nos faz desviar da nossa rota.
É preciso, primeiro, viver a realidade para depois, conscientemente, procurarmos essa divindade que se chama felicidade.
Mas é possível chegar lá, à felicidade, desde que se tenha consciência de que a felicidade exige valentia.
Valentia de resistir as adversidades. Valentia de lutar com todas as armas. Valentia de recomeçar tudo de novo quando se falha. E principalmente, a valentia de saber conviver com cada dia em que se fez o caminho para chegar até a felicidade. Nunca se sabe a distância ou tempo que demoramos a chegar lá. Nunca se sabe se lá chegaremos.
Nada é fácil como nada é eterno.
Não acontece só porque queremos que aconteça. É preciso empenho, dedicação e valentia.
A felicidade também é assim - feita à medida de cada um e assente num princípio inequívoco.
A felicidade é uma questão de fé, que mora dentro de cada um e que se multiplica quando lhe conhecemos o rosto. A felicidade é intemporal e mata-nos de prazer, nesta vida de pequenos gestos e de grandes ambições. Por vezes, a felicidade é humilde e mora num beco sem saída, e por isso, recusamos aproximarmo-nos dela só porque ambicionamos uma grandeza desmedida e numa dimensão irreal que não temos consciência nem capacidade.
A felicidade exige valentia, mas antes, exige uma preparação própria para que possas acolhe-la e cuidares dela como se fosse a última coisa que podes fazer pela vida. Que, afinal, pode ser a tua vida!

1 comentário:

Unknown disse...

Belo texto!
Parabéns pelo seu livro, gostei do seu blog, boa semana