A MINHA LISBOA
Do Chiado, desço a rua do alecrim
Caminhando pelo meu próprio pé
Onde me cruzo com tantos outros
Que apressados seguem o seu caminho
Quase sem olharem para ninguém.
Lá em baixo espreita-nos o Tejo
Que com o seu sorriso de prata
Deixa os cacilheiros trocarem de margens
Emprestando toda s sua serenidade,
A esta Lisboa.
Paro no meio daquela rua de contrastes
Estranhamente emocionado e até confuso,
Em cima, o Chiado movimentado
Em baixo, o Cais do Sodré impaciente.
Sinto-me atado
E preso de contente
Por pertencer,
Por poder ser…desta cidade do Fado.
Na confusão daquela zona
Aprecio, num acto de solidão
Admiro, como os opostos emergem
Agarram-me e empurram-me
Atraem-me…
Como me stressam e acalmam,
Como se de estranho nada houvesse.
(A minha Lisboa…)
In “Vinte e Cinco Minutos de Fantasia” Paulo Afonso
1 comentário:
É a nossa Lisboa... a cidade que me adoptou nos últimos tempos e que consigo vislumbrar nos teus versos...
Gostei do teu retracto pintado em letras...
Beijos alfacinhas***
Enviar um comentário