domingo, setembro 30, 2007

Resta-me… o tempo!

Ficaram tantas palavras
por dizer…
tantos gestos
por fazer…
agora que o tempo foge
agora que a distancia aumenta
o meu sorriso
esbate neste espaço circunscrito…

Já sabia,
que o tempo nos fugia
e que a tertúlia
um fim teria…

Resta-me um rio
onde posso mergulhar
no mundo do silêncio
resta-me a chuva
como uma lágrima
de quem chora…
resta-me a ponte
que nos separa
e nos junta.

Resta-me…
a palavra com que luto
e me defendo
restam-me…
as madrugadas
com que me invento
renovado,
na esperança
na ilusão
de ler
de escrever
as palavras que moldam
o meu
o teu
e o querer de alguém
instalado no coração
do tempo…

Já sabia,
que o tempo nos fugia…

1 comentário:

Rosa Maria Anselmo disse...

olá Paulo

Eu comentei este teu poema no Lusos. mas apetece-me dizer, está lindo,... um melancolia doce que faz ler uma duas, tantas vezes.. e continua-se a gostar de o ler (reler)
jinhos
Rosa maria