
Adeus (2006)
Num pequeno balanço deste ano que acaba, direi que foi positivo, na vertente pessoal, profissional e no aspecto lúdico.
Nas palavras que destaco, como o meu momento do ano, direi com palavras foi construído, quando no verão foi lançado o meu primeiro livro (a sós) de poesia.
O livro foi o realizar de um sonho, um projecto antigo, que acrescentou um pedacinho de magia e de ensino em que a vida é uma aprendizagem constante e surpreendente, e que devemos sempre exigir mais de nós próprios porque seremos sempre capazes de fazer mais e melhor.
Poder partilhar, poder perder a timidez de mostrar, poder ser lido por pessoas que amam o que leiam, poder receber um gesto de cortesia é de uma grandeza indescritível.
Em suma, um ano para recordar e porque a poesia foi marcante quis render uma pequena homenagem, fazendo o meu último poema de 2006 para o deixar aqui nestes meus blogs.
http://poesiadepauloafonso.blogspot.com/
http://artigodeopiniao.blogspot.com/
Um agradecimento especial para todos que leram o livro e o desejo de um óptimo ano de 2007.
Adeus (2006)
(o último poema de 2006)
Nas entranhas das dunas
Escondo as lamúrias do vento
Segredos nas espumas
E no eco do movimento.
Que a emoção nunca doa
Que o prazer nunca acabe
E quem sabe…
Se o desejo não voa.
Poemas loucos
Textos de melancolias
Histórias contadas aos poucos
Nas pressas e as correrias…
Navego na solidão
Como um estranho
Nem sei de onde venho
Nem recebo o que me dão.
Maresia ou flor
Acordo ou tratado
Gesto de amor
Sentimento cultivado.
Medo do infinito
Medo do principio e do fim
É o medo que nos faz assim
Sobre o qual, medito
Estados da alma, tento perceber
Trevo da sorte
Preparo para receber
A elevação da morte!
Paulo Afonso – 31/12/2006 – 00h16m